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Montenegro anuncia investimento de 5.000 M€ na Estratégia Nacional de Gestão da Água

“Este é o projecto da água no desenvolvimento do País”, disse o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na apresentação da Estratégia Nacional para a Gestão da Água – Água que Une, no Convento São Francisco, em Coimbra. A “Água que Une” identifica orientações estratégicas, mas também cerca de 300 medidas e projectos, bem como 9 programas estruturantes, considerando as necessidades das diversas regiões do País.

Luís Montenegro referiu em quase todos os concelhos do País a que se deslocou antes de ser primeiro-ministro foi confrontado com a questão da água que, aliás, não era nova, e “com a convicção que muitos partilham de que em Portugal não há um problema de falta de água, há um problema de falta de capacidade de gestão da água”.

O primeiro-ministro sublinhou que Portugal tem uma disponibilidade do recurso da qual só usa “10% para todas as utilizações, inclusive para a agricultura que usa 73% da água utilizada”, ou seja, 7,3% da totalidade do recurso disponível, avança fonte institucional do Executivo.

Para aproveitar mais água e a usar bem e sustentavelmente, a Estratégia aponta “um investimento que, até 2030, ronda os cinco mil milhões de euros”, para a qual há instrumentos financeiros disponíveis “que queremos aproveitar” e é necessário ir “à procura de outros, para preencher a parte [de financiamento] que ainda não está assegurada”.

E é preciso também “que se comece a preparar o financiamento para a década 2030-2040, para que a estratégia tenha sequência”, pois, “queremos que, para as próximas décadas, o País tenha capacidade para lutar contra os efeitos negativos das alterações climáticas”.

Por outro lado, a Estratégia será também um factor de coesão territorial, “porque a água abunda em alguns sítios e falta noutros. E o objectivo desta estratégia é que todo o País tenha água suficiente, para que as oportunidades se espalhem por todo o território”, disse, acrescentando que “estamos a falar de bem-estar, igualdade de oportunidades, justiça social, desenvolvimento económico, capacidade de criar riqueza” e de ser mais justo.

“Se não executarmos esta estratégia, vamos deitar por terra outros objectivos”, realçou Montenegro, referindo a “capacidade de retenção de talento”, “parte significativa da competitividade da economia”, através de maior produção energética, de alimentar várias cadeias produtivas – tanto na produção agrícola, pecuária, industrial como para a atracção de turistas.

Luís Montenegro afirmou que há oportunidades económicas para os territórios que estão de pendentes de uma charca, de um açude, de uma ligação que viabiliza um perímetro de rega e que faz diferença naquele território, e a Estratégia “junta grandes e pequenos projectos e do Norte ao Sul”.

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