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Montado de sobro com ataques de plátipo. Conheça o relatório final do GO PlatiSor

O Grupo Operacional PlatiSor — Métodos para a gestão do montado de sobro com ataques de plátipo da região do Sôr, liderado pela Aflosor – Associação de Produtores Agroflorestais da Região de Ponte de Sôr, já publicou o relatório final de projecto.

O objectivo deste Grupo Operacional (GO) visa “entender a distribuição da praga, explorar opções de controlo biológico e químico e melhorar técnicas de armadilhagem existentes. Esta iniciativa busca fortalecer o sector de forma sustentável e benéfica para todos”.

E controlar pragas, incluindo o Platypus cylindrus, que afecta árvores saudáveis. Através de abordagens inovadoras de gestão florestal e métodos de combate, o projecto visa reduzir o impacto económico, conter a propagação da praga e restaurar a confiança dos proprietários florestais na preservação de sobreiros.

Explicam os responsáveis pelo Grupo Operacional — que conta também como parceiros o INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, a Florgenese – Produtos e Serviços para Agricultura e Florestas, a Alves Bento – Sociedade de Agricultura de Grupo, a Santa Casa da Misericórdia de Ponte de Sôr e a Sociedade Agrícola Felizardo Prezado — que “os montados de sobro, ecossistemas de importância vital em Portugal, enfrentam um declínio devido a factores bióticos como pragas e doenças”.

E adiantam que os montados de sobro (Quercus suber) “são ecossistemas muito complexos e de delicado equilíbrio, característicos da Bacia Mediterrânica, com grande importância económica, social e ecológica em Portugal, ocupando actualmente cerca de 737 mil hectares, que corresponde a 23% da área florestal total (ICNF, 2013)”.

Mas, “a partir da década de 80 verifica-se em Portugal um agravamento do seu estado sanitário em zonas geográficas e povoamentos relativamente bem delimitados, à semelhança do que acontece noutros países da bacia mediterrânica”.

Causas do declínio da espécie

Quanto aos factores bióticos, foi verificado que “o declínio da espécie está intimamente associado a padrões complexos nos quais as pragas (ex.: Platypus cylindrus, Coroebus undatus) e as doenças (ex.: Phytophtora spp, Biscogniauxia mediterranea, Botriosphaeria stevensii e Ophiostoma spp) são determinantes na morte dos sobreiros”.

Em particular, foi verificado um aumento populacional do insecto Platypus cylindrus (plátipo) e, consequentemente, dos seus estragos no sobreiro. Trata-se de uma espécie endémica que atacava sobretudo árvores mortas ou muito enfraquecidas e que actualmente contribui para a mortalidade de milhares de árvores verdes.

“A hipótese mais provável sugere o facto de ter começado a atacar árvores saudáveis como resultado de um comportamento actual mais agressivo por ter estabelecido novas relações de simbiose com fungos ou bactérias, alguns deles não endémicos”, dizem os responsáveis pelo projecto PlatiSor.

Pode ler o o relatório final do projecto PlatiSor aqui.

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