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Ministério da Agricultura inicia programa experimental de luta biológica contra a Trioza erytreae

O Ministério da Agricultura, através da Autoridade Fitossanitária Nacional, iniciou o programa experimental de luta biológica contra a praga de quarentena Trioza erytreae, com largadas experimentais de um insecto parasitoide específico.

O Trioza erytreae, além de provocar estragos directos consideráveis nos citrinos, é vector da doença, considerada como a mais grave a nível mundial para estas espécies vegetais, denominada Huanglongbing (Citrus greening ou psila dos citrinos) causada pela bactéria Candidatus liberibacter, ainda não presente no território europeu, mas que se pretende evitar a sua entrada.

Largada experimental

A largada experimental, do parasitoide Tamarixia dryi, foi realizada no passado mês de Outubro, em 4 locais na região Centro do País e 3 locais na região oeste, numa estreita colaboração entre a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária e a Dirección General de Sanidad de la Producción Agraria, o Instituto Superior de Agronomia, o Instituto Instituto Canario de Investigaciones Agrarias e o Instituto Valenciano de Investigaciones Agrarias.

A largada experimental, acompanhada também pelas Direcções Regionais de Agricultura e Pescas de Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, envolveu a libertação de cerca de 1.800 insectos, após a realização de uma análise prévia de risco e depois de obtida uma autorização de experimentação no contexto da legislação específica das espécies exóticas.

Programa também em Espanha

Os resultados já obtidos em outras regiões, nomeadamente nas Ilhas Canárias, indicam excelentes taxas de parasitismo que estão a conduzir ao bom controlo da Trioza erytreae. Programa similar foi iniciado também, em Outubro último, na Galiza.

Os locais onde foram agora realizadas a solta dos insectos, em território nacional e também na Galiza, estão a ser monitorizados esperando-se vir obter os primeiros resultados na próxima Primavera.

A praga

A Trioza erytreae, ou psila africana dos citrinos, é um insecto considerado de quarentena para os citrinos e outros hospedeiros, provocando estragos muito graves. A sua presença no espaço da União Europeia era até agora conhecida apenas na Ilha da Madeira e Canárias.

Este insecto, para além de provocar estragos directos, pode veicular uma doença muito grave dos citrinos denominada Huanglongbing (ou Citrus greening) causada por uma bactéria muito destrutiva Candidatus Liberibacter africanus.

No Grande Porto desde 2015

Em Dezembro de 2014, Espanha notificou a primeira detecção desta praga no seu território continental, na zona da Galiza, ocorrendo vários focos na zona de Pontevedra. Na sequência da notificação daqueles focos e dada a sua proximidade com o Norte de Portugal, foi levada a cabo uma vigilância suplementar particularmente dirigida àquela região, tendo sido detectada a presença deste insecto em citrinos isolados em jardins particulares na área do Grande Porto em Janeiro de 2015.

Mais Informação sobre Trioza erytreae aqui.

Agricultura e Mar Actual

Ver também:

Trioza erytreae: zona demarcada do insecto vector da psila dos citrinos actualizada

 

 
       
   
 

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