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Ministério da Agricultura implementa programa de luta biológica contra praga dos citrinos

O Ministério da Agricultura, após largadas experimentais de um insecto parasitóide específico da Trioza erytreae e confirmado o “carácter promissor dos primeiros resultados, lança agora um programa nacional contra esta praga de quarentena que já afecta uma parte significativa do território nacional”.

A Trioza erytreae, além de provocar estragos directos e significativos nos citrinos, é vector da doença denominada Huanglongbing (ou Citrus greening), considerada como a mais grave a nível mundial para estas espécies vegetais, causada pela bactéria Candidatus liberibacter, cuja entrada no território europeu se pretende evitar. Para reforço das medidas fitossanitárias em vigor desde 2014, foi publicada a Portaria n.º 142/2020, de 17 de Junho.

As primeiras largadas do parasitóide foram realizadas dia 14 de Agosto, na regiões Norte e Centro do País.

Aposta reforçada em alternativas sustentáveis

Hoje, o secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, acompanhou mais uma largada, durante a qual frisou “a relevância da aposta reforçada em alternativas inovadoras e sustentáveis para o controlo de pragas de quarentena e a estreita colaboração com os serviços fitossanitários espanhóis”, destacando também o trabalho coordenado pela Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), o qual irá decorrer nos próximos meses, em articulação com as Direcções Regionais de Agricultura e Pescas.

A DGAV será ainda apoiada por várias equipas de investigação nacionais, designadamente na realização de estudos de suporte a este programa de luta biológica.

O Ministério da Agricultura iniciou o programa experimental de luta biológica contra a praga de quarentena Trioza erytreae, com largadas experimentais de um insecto parasitoide específico, em Outubro de 2019.

A largada experimental foi realizada em 4 locais na região Centro do País e 3 locais na região Oeste.

A praga

A Trioza erytreae, ou psila africana dos citrinos, é um insecto considerado de quarentena para os citrinos e outros hospedeiros, provocando estragos muito graves. A sua presença no espaço da União Europeia era até agora conhecida apenas na Ilha da Madeira e Canárias.

Este insecto, para além de provocar estragos directos, pode veicular uma doença muito grave dos citrinos denominada Huanglongbing (ou Citrus greening) causada por uma bactéria muito destrutiva Candidatus Liberibacter africanus.

No Grande Porto desde 2015

Em Dezembro de 2014, Espanha notificou a primeira detecção desta praga no seu território continental, na zona da Galiza, ocorrendo vários focos na zona de Pontevedra. Na sequência da notificação daqueles focos e dada a sua proximidade com o Norte de Portugal, foi levada a cabo uma vigilância suplementar particularmente dirigida àquela região, tendo sido detectada a presença deste insecto em citrinos isolados em jardins particulares na área do Grande Porto em Janeiro de 2015.

Mais Informação sobre Trioza erytreae aqui.

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