AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A taxa de desemprego, durante 2016, desceu de 12,2% para 10,5% e o emprego cresceu 1,2%, face a 1,1% em 2015. A analista do Millennium bcp, Márcia Rodrigues, diz que, em 2017, “é expectável que a tendência de redução da taxa de desemprego prossiga, porém, na ausência de reformas estruturais adicionais e de manutenção de ritmos de crescimento económico abaixo do potencial, a trajectória de redução da taxa de desemprego deverá ser mais moderada”.
No quarto trimestre de 2016, a taxa de desemprego manteve-se em 10,5%, tal como nos três meses anteriores, terminando o ano 1,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo do nível registado no último trimestre de 2015 (12,2%).
A redução da taxa de desemprego foi particularmente acentuada entre a população com níveis de escolaridade mais baixos e no sector dos serviços. Em termos de regiões, o Algarve foi onde a taxa de desemprego registou a maior queda, ao passar, em termos médios, de 12,6% em 2015 para 9,3% em 2016.
Emprego a crescer 1,2%
No que concerne ao emprego, verificou-se uma taxa de crescimento de 1,2%, o que representa apenas uma ligeira aceleração face ao ano anterior (1,1%). À semelhança do que sucedeu ao nível do desemprego, o maior contributo para o crescimento do emprego adveio dos serviços (1,3 p.p., enquanto a indústria e a construção tiveram um contributo conjunto de 0,5 p.p.).
Já em termos de escolaridade, foi entre a população com ensino superior que o emprego aumentou mais. “No seu conjunto, estes dados indiciam que o forte dinamismo da actividade turística terá sido determinante para a melhoria do mercado de trabalho”, diz Márcia Rodrigues.
Em comparação com os restantes países da área do euro, Portugal está ainda acima da média dos Estados-membros, que em Dezembro foi 9,6%.
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