AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
A União Europeia e o Mercosul fecharam, esta sexta-feira, 28 de Junho, um Acordo de Associação Estratégica que criará uma das maiores áreas de comércio livre do Mundo. Os dois blocos económicos só se entenderam após 20 anos de negociações.
O anúncio foi feito pelo Governo argentino, que detém actualmente a presidência do Mercosul. O acordo alcançado em Bruxelas integra um mercado de 780 milhões de habitantes com cerca de 100 mil milhões de euros em comércio bilateral de bens e de serviços.
O acordo cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras governamentais, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.
Ganhos para o Brasil
De acordo com a nota do governo brasileiro, produtos agrícolas de grande interesse para o Brasil terão as suas tarifas eliminadas, como sumo de laranja, frutas e café solúvel.
Os exportadores brasileiros obterão ainda a ampliação do acesso, por meio de quotas, para carnes, açúcar e etanol, entre outros produtos. O acordo também reconhecerá como distintivos do Brasil vários produtos, como cachaças, queijos, vinhos e cafés.
“O acordo garante os principais objectivos traçados pelos países do Mercosul ao melhorar as condições de acesso de bens e serviços para as nossas exportações ao mesmo tempo que permite um tempo de transição para a abertura comercial de bens e serviços dos europeus”, indica um comunicado do Mercosul. “O acordo transcende os fins meramente comerciais”, destaca.
António Costa congratula-se
O primeiro-ministro português, António Costa, congratulou-se com o “histórico” acordo, destacando que “facilita as exportações”, combate “o proteccionismo” e promove a “abertura económica”.
“Saúdo o acordo entre a União Europeia e o Mercosul pelo qual Portugal muito se bateu. Cria um mercado de quase 800 milhões de pessoas, facilita as exportações e demonstra que são possíveis acordos que beneficiam todas as partes, combatendo o proteccionismo e promovendo a abertura económica”, escreveu António Costa, na rede social Twitter.
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