A empresa espanhola Mercadona abre as primeiras 10 lojas em Portugal no segundo semestre. Desde 2016, ano em que anunciou a sua internacionalização para Portugal, a empresa já fez um investimento total de 160 milhões de euros e totalizou um volume de compras a fornecedores portugueses de 203 milhões de euros. Entretanto, a equipa, formada actualmente por 300 colaboradores, irá chegar a 1.000 até ao final do ano.
A Mercadona, empresa de supermercados físicos e de venda online, aumentou em 50% o seu investimento em 2018 (feito através de recursos próprios), até 1.504 milhões de euros.
Este esforço de investimento faz parte da decisão, feita há dois anos, de fazer tudo o que é necessário, dentro do Modelo Mercadona, para transformar a empresa e permitiu uma melhoria em superfície constante das suas vendas de 6%, até 24.305 milhões de euros.
Desde o início da implementação deste processo de transformação disruptivo, em 2017, a Mercadona registou, em média, um aumento acumulado de mais de 125 talões por loja e por dia. “Todos estes dados demonstram que o processo de transformação no qual todas as pessoas que fazem parte do Projecto Mercadona estão envolvidas está a impulsionar a empresa”, afirma uma nota de imprensa da empresa.
1.636 lojas
A Mercadona chegou ao final de 2018 com 1.636 lojas, tendo aberto 29 novos supermercados e encerrado 20 que não estavam ajustados aos parâmetros de dimensão e comodidade da cadeia.
Entre as aberturas, destacam-se as lojas de Ceuta, La Palma e Melilha, que permitiram à empresa marcar presença em todo o território espanhol.
Adicionalmente, no âmbito do processo de mudança constante para continuar a ser a melhor opção para “O Chefe”, a Mercadona continuou a modernizar a rede de supermercados, tendo terminado o ano com 400 supermercados com o novo Modelo de Loja Eficiente (Loja 8) e com a reorganização de 215 lojas. Em 2019 a empresa pretende realizar um novo investimento histórico de mais de 2.300 milhões de euros.
Nova secção “Pronto a Comer”
A tudo isto deve somar-se a nova secção “Pronto a Comer”, iniciada em Agosto passado no supermercado da localidade de Burjassot (Valência), a que paulatinamente a empresa foi acrescentando outros até encerrar o ano com um total de 11 supermercados da província de Valência que têm esta secção.
“Devido à excelente reacção dos clientes a este projecto, prevemos implementá-lo em mais 250 supermercados ao longo de 2019″, realça a mesma nota.
Para o presidente da Mercadona, Juan Roig, “2018 foi um ano de muitas iniciativas transformadoras para a empresa. Os resultados deste projecto de transformação disruptiva, que começou há dois anos, não seriam possíveis sem os esforços desenvolvidos pelas 85.800 pessoas da Mercadona para garantir todos os dias, com a sua rotina de trabalho, a satisfação dos “Chefes”, os nossos clientes”.
2019: crescimento sustentável
Para Juan Roig, “todos nós, que formamos a Mercadona, estabelecemos para 2019 um desafio claro: perseguir um crescimento sustentável baseado na eficiência, diferenciação, sustentabilidade e inovação, com a determinação e humildade necessárias para corrigir os erros que cometeremos no caminho e para continuar a construir um projecto que as pessoas queiram que exista e que aposte no crescimento partilhado. Porque, como tive a oportunidade de ler no livro Capitalismo Consciente: “Da mesma forma que as pessoas não vivem só para comer, as empresas não existem apenas para fazer lucros; agora, as pessoas não podem viver sem comer e as empresas não podem viver sem lucros”.
Internacionalização: um marco para a Mercadona
2019 é o ano de abertura das primeiras 10 lojas em Portugal. Depois de ter comunicado, em 2016, o início do processo de internacionalização em Portugal, a empresa continuou a trabalhar para tornar este projecto uma realidade, que se concretizará no segundo semestre de 2019 com a abertura das primeiras lojas localizadas nos distritos de Braga, Porto e Aveiro.
Para isso, a Mercadona já tem uma equipa de 300 pessoas em Portugal e prevê chegar a 1.000 até ao final do ano. A empresa investiu em 2018, no País, um valor próximo dos 60 milhões de euros, num total acumulado de 160 milhões de euros desde 2016 e que, além da construção das lojas, permitirá a inauguração de um Bloco Logístico na Póvoa de Varzim.
Adaptação aos gostos e hábitos de Portugal
Da mesma forma, durante este ano, a empresa continuou a definir o sortido para adaptá-lo aos gostos e hábitos do “Chefe” em Portugal, tendo realizado mais de 2.000 sessões com consumidores no Centro de Co-inovação de Matosinhos (Grande Porto). A empresa tem sede no Porto, onde se situam os escritórios centrais, além dos existentes também em Lisboa.
Também é de destacar o aumento no volume de compras a fornecedores portugueses, que, em 2018, atingiu os 88 milhões de euros, uma subida em volume de compras de 40% em comparação com o ano anterior, totalizando desde o início do projecto 203 milhões de euros.
Agricultura e Mar Actual