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Marinha Grande recebe workshop sobre Recuperação das Matas do Litoral

A Secretaria de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, a Câmara Municipal da Marinha Grande e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas promovem um workshop no âmbito do Programa de Recuperação das Matas do Litoral, a realizar no dia 25 de Julho de 2018 (quarta-feira), das 9h30 às 13 horas, no Auditório da Resinagem, na Marinha Grande.

A iniciativa conta com a participação da Comissão Científica Nacional para a recuperação das Matas Nacionais do Litoral e do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que preside à sessão de encerramento do workshop.

Durante o evento, a Comissão Científica do Programa de Recuperação das Matas Litorais fará uma apresentação dos trabalhos em curso.

Acordo de Cooperação

O Acordo de Cooperação para a Criação da Comissão Científica do Programa de Recuperação das Matas Litorais, foi outorgado pelo ICNF, pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), pelos Institutos Politécnicos de Bragança, Coimbra e Leiria, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa e pelas Universidades de Aveiro, Coimbra e de Trás-os-Montes e Alto Douro, no dia 22 de Janeiro, na Marinha Grande.

O Acordo de Cooperação tem como objectivos a recolha, compilação e sistematização da informação técnica e científica relativa à gestão das matas litorais; a avaliação do procedimento actual de elaboração e implementação de Planos de Gestão Florestal (PGF) e de estabilização de emergência, reabilitação e recuperação de longo prazo, apresentando propostas para o seu melhoramento/optimização e a participação na execução de acções de divulgação de boas práticas no âmbito da recuperação de áreas ardidas na zona litoral.

Por outro lado, tem ainda como objectivo o treino e formação de técnicos e equipas especialistas no planeamento e na implementação das acções previstas.

Tarefas prioritárias a executar

Consideram-se como tarefas prioritárias a executar a avaliação dos efeitos de recuperação de parcelas de estudo e investigação existentes nas matas litorais e sua integração em programas de monitorização futuros, do estabelecimento de programa e rede de parcelas de estudo e monitorização do efeito do fogo e da evolução dos ecossistemas e da avaliação da severidade do fogo em ecossistemas dunares.

Outra das tarefas prioritárias passa pela estabilização de emergência: monitorização da erosão eólica e hídrica e definição das acções de intervenção mais eficientes; e normas para a condução de povoamentos de alto-fuste de pinheiro ardidos, na vertente de protecção civil (interface com as actividades de recreio e utilização humana das matas) e na vertente de gestão da paisagem.

Reabilitação

Quanto à reabilitação, o Acordo de Cooperação pretende levar a cabo a monitorização e controlo das invasões biológicas em sistemas dunares;, a monitorização e controlo fitossanitário; e a monitorização do impacte dos incêndios e estratégia e técnicas de reabilitação de habitats e de espécies com especial valor de conservação (ecossistemas terrestres).

E ainda a monitorização do impacte dos incêndios e estratégia e técnicas de reabilitação de habitats e de espécies com especial valor de conservação (ecossistemas aquáticos).

Recuperação de longo prazo

Na recuperação de longo prazo, a prioridade passa pela avaliação dos modelos de silvicultura praticados em função das procuras sociais e das linhas de política florestal e de outras políticas sectoriais relevantes actualmente em vigor, maximizando o contributo das matas litorais para a economia nacional e identificação de melhorias a introduzir ou de novos modelos a adoptar nos PGF.

Por outro lado, ainda a longo prazo, o Acordo de Cooperação pretende determinar modelos de silvicultura e de gestão para habitats e paisagens especialmente sensíveis (secções de protecção e margens de lagoas e linhas de água) e modelos de silvicultura para áreas de equipamentos de turismo e recreio.

O Acordo prevê ainda o aumento da resistência das matas aos factores bióticos e abióticos (incluindo incêndios e tempestades), identificando técnicas de silvicultura preventiva, de organização dos povoamentos e de implantação das redes de defesa da floresta e a criação de um sistema de apoio à gestão das matas litorais.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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