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Manuel São João defende cogestão da captura do chicharro nos Açores

O secretário Regional do Mar e das Pescas, Manuel São João, defendeu hoje, 22 de Fevereiro, em Ponta Delgada, uma maior co-responsabilização de todos os intervenientes na fileira do chicharro, tendo em vista a avaliação da viabilidade da implementação de um processo de co-gestão para a pescaria daquela espécie.

“O Governo dos Açores acentua a necessidade da intervenção de todos os interessados nesta fileira para que em conjunto, de forma informada e numa atitude de co-responsabilização, se defina uma solução para a redução do esforço de pesca, que passa por um reforço das medidas de vigilância e acompanhamento da pescaria, promoção e valorização do recurso, através da caracterização e análise de actuais e potenciais novos mercados para comercialização do mesmo”, sublinhou Manuel São João.

No âmbito de uma reunião com armadores e representantes do sector, em Ponta Delgada, o secretário Regional do Mar e das Pescas destacou ainda a necessidade de capacitar pescadores, definir ferramentas de análise para a rastreabilidade do recurso e avaliação do perfil nutricional”.

Sustentabilidade dos recursos naturais

O governante revelou que o Executivo pretende lançar o debate sobre o início do processo participativo de co-gestão do chicharro, evidenciando que na Europa, e também já em Portugal, assiste-se a “uma mudança de paradigma na gestão dos recursos em nome da sustentabilidade e da biodiversidade”, refere o Governo Regional em nota de imprensa.

Assim, segundo Manuel São João, é “urgente procurar processos que promovam o equilíbrio e a sustentabilidade dos recursos naturais sem descurar a vertente económica e a social”.

No que concerne à co-gestão da captura do chicharro, “enquanto regime de gestão partilhada dos recursos vivos e dos meios necessários à sua captura e aproveitamento económico”, o secretário Regional entende que esta abrange a “gestão sustentável dos recursos e a concretização da máxima colaboração mútua como novo modelo que a Região pretende implementar em algumas pescarias”.

“O processo que hoje aqui iniciamos exige o empenho e responsabilização de todos em torno desta actividade com importante expressão económica ligada à tradição, à cultura e à gastronomia nos Açores”, assegurou Manuel São João, acrescentando que “a preocupação com os chicharreiros avoluma-se por termos encontrado um sector abandonado há mais de uma década e constatada a demissão de muitos na procura de soluções durante demasiado tempo, pelo que urge recuperar o tempo perdido”.

Da parte do Executivo açoriano, existe a “total disponibilidade para, com a participação de todos os intervenientes de boa vontade, abordar a questão e contribuir para soluções viáveis no curto, médio e longo prazo que assegurem a sustentabilidade dos recursos, sem descurar a sustentabilidade dos armadores”, concretizou o responsável pela pasta do Mar e das Pescas.

Agricultura e Mar

 
       
   
 

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