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Manifesto Pelo Mundo Rural lança-se com candidatos às europeias e legislativas

A Associação Nacional de Proprietários Rurais Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC) lançou, esta quinta-feira, 11 de Abril, o Manifesto Pelo Mundo Rural Português, num evento que contou com a presença e apoio de várias figuras políticas, nomeadamente os candidatos às europeias Carlos Zorrinho (PS), Álvaro Amaro (PSD), Nuno Melo (CDS-PP) e Paulo Sande (Aliança), e candidatos às legislativas como Patrícia Fonseca (CDS-PP), Pedro do Carmo (PS) e Sofia Afonso Ferreira (D21), assim como do deputado social-democrata Nuno Serra e o líder da Juventude Popular Francisco Rodrigues dos Santos.

O debate que marcou o lançamento do manifesto serviu para “sublinhar a necessidade de alertar para as necessidades e realidades no Mundo Rural, muitas vezes esquecido”, afirma fonte da Associação.

Políticas de convergência entre o Mundo Rural e urbano

Carlos Zorrinho defendeu “a necessidade de políticas de convergência entre o Mundo Rural e o Urbano”, reforçando que no actual panorama europeu “não faz sentido os cortes que se querem fazer nos fundos de proximidade e outras políticas de desenvolvimento rural”.

Já Nuno Melo assumiu: “O meu compromisso com o Mundo Rural dura desde que nasci”. O centrista acusou ainda o actual Executivo de “desperdiçar recursos e fundos que nos fazem muita falta”.

Paulo Sande alertou para “o crescente desequilíbrio entre litoral e interior, que será fatal” e deixou um apelo: “ajudem o Mundo Rural! Mais do que fundos, o Governo tem que ser descomplicador”.

Desenvolvimento da agricultura

Por sua vez, o social-democrata Álvaro Amaro defendeu a urgência de “lutar pela convergência e pelo desenvolvimento da agricultura portuguesa” considerando que “não podemos aceitar passivamente que uma área tão essencial para a economia nacional perca fundos”.

Apoios de todos os sectores associados ao ruralismo

O Manifesto Pelo Mundo Rural pretende reunir apoios de todos os sectores associados ao ruralismo (agricultura, pecuária, floresta e todas as actividades associadas, como a caça e a pesca, os produtos regionais, artesanato e turismo), num movimento de intervenção política e sócio-económica, de apelo ao respeito e tolerância pela cultura, identidade e realidade rural.

O documento é ainda marcado pela vontade de unir Portugal, dando a conhecer o que “está para lá da realidade urbana, muitas vezes desconhecido, negligenciado e, consequentemente, atacado”.

Inverter o paradigma

Patrícia Fonseca reforçou que é “preciso inverter o paradigma, uma vez que há uma grande maioria que não percebe a importância do Mundo Rural”, destacando a importância de movimentos como o Manifesto para informar e alertar os portugueses.

E Pedro do Carmo lembrou a necessidade de “colocar o Mundo Rural na agenda política e de combater o desequilíbrio eleitoral perante a desertificação do interior”.

Por sua vez, Nuno Serra alertou para os extremismos decorrentes de movimentos associados ao animalismo, recordando que “o que respiramos, o que comemos, é tudo Mundo Rural e sem ele não há coesão social.

“Máquinas de desinformação”

Já Sofia Afonso Ferreira, líder do Democracia 21, destacou os ataques constantes a que estão sujeitos os defensores do Mundo Rural, perante verdadeiras máquinas de desinformação de partidos e movimentos proibicionistas e extremistas, especialmente nas redes sociais, apresentando como solução “a mudança radical na forma como se comunica o Mundo Rural”.

Para, Francisco Rodrigues dos Santos (Juventude Popular) “é necessário aproximar os jovens das actividades do mundo rural, educando-os para essa realidade”, realçando no entanto que “há alguns jovens que já começaram a reconhecer a importância de ‘voltar às raízes”.

Manifesto positivo e agremiador

“Um Manifesto positivo e agremiador pró e não contra; tolerante e não proibicionista; moderado e não radical ou extremista. É um Manifesto pela coesão social e territorial Nacional”, pode ler-se no documento.

António Paula Soares, presidente da ANPC, destaca a importância do manifesto no facto de “existir um fosso cada vez maior entre as comunidades urbanas e as rurais, não apenas em Portugal, mas em toda a Europa e no Mundo, estando esse afastamento na génese de movimentos populistas e extremistas, assim como de eleitorados vulneráveis”.

O responsável, que agradeceu publicamente “apoio incansável de vários deputados dos grupos parlamentares do PS, CDS, PSD e PCP ao Mundo Rural, em especial àqueles deputados que lidam mais directamente com estes temas na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, conseguindo depois a extensão e cativação de apoio pelos restantes deputados, impedindo que algumas propostas que atacam o Mundo Rural, não tenham vingado”.

Pode consultar o Manifesto Pelo Mundo Rural completo aqui.

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