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Madeira na reunião da International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas

A Madeira encontra-se presente na 20ª Reunião da ICCAT (International Commission for the Conservation of Atlantic Tunas), decorre em Vilamoura, com uma delegação, chefiada pelo director Regional de Pescas, Luís Ferreira.

A delegação madeirense tem o apoio de biólogos do Serviço de Investigação. A reunião conta com a presença de delegados oriundos de dezenas de países contratantes da ICCAT, com pescarias de tunídeos.

Entre os vários assuntos debatidos, com interesse para a pesca da Região, encontra-se a actualização do estado dos stocks de várias espécies de atuns tropicais (patudo, gaiado e albacora), bem como de outras espécies como o voador norte e rabil.

Relativamente a algumas das espécies avaliadas, designadamente nos casos do voador e atum rabil, a situação dos stocks tem evoluído positivamente nos últimos anos, o que “levanta fundamentadas expectativas de aumentos futuros das quotas de pesca”, afirma um comunicado do Governo Regional da Madeira. Relativamente a qualquer aumento da quota de atum rabil, a Madeira bate-se pela canalização desse aumento para as frotas de salto e vara das Regiões Autónomas, bem como defende a possibilidade de ecfetuar-se futuramente pesca dirigida a esta espécie.

Noutros casos, como no atum patudo, a situação não se apresenta favorável dado as avaliações mais recentes causarem alguma apreensão quanto ao estado actual e sentido da evolução da exploração deste recurso.

Pesca abusiva

Um tema que causa actualmente debate acentuado entre as diversas partes contratantes da organização aponta para que uma possível causa para essa situação nos atuns tropicais, decorra do uso abusivo de dispositivos de concentração de pescado (DCP’s), utilizados em números muito elevados por alguns países, especialmente na área do golfo da Guiné, os quais favorecem não só uma captura extremamente elevada de peixe juvenil pelas pescarias de cerco aí concentradas, mas também poderão ser causa de alterações nos circuitos migratórias destas espécies, impedindo a chegada do peixe a latitudes mais elevadas, designadamente às áreas de pesca em volta dos Arquipélagos dos Açores e Madeira, o que tem causado a diminuição das capturas destas frotas nos anos mais recentes.

Para estudar este tema de forma mais aprofundada e fundamentada cientificamente, foi criado um grupo de trabalho para seguimento e avaliação do impacto destas estruturas no recurso.

“A delegação da Madeira aguarda assim, de forma optimista, as resoluções a ser tomadas nesta reunião anual, na expectativa de que os interesses da pesca da Região serão salvaguardados”, acrescenta a mesma nota.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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