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Madeira cria grupo de trabalho para avaliação do “Mal-do-Panamá” na banana

A Direcção Regional de Agricultura da Madeira criou o Grupo de Trabalho GT-Panamá, destinado a avaliar a situação do “Mal-do-Panamá” nas bananeiras, considerada a doença mais devastadora daquela cultura entre os anos 1900 e 1960.

O “Mal-do-Panamá” é uma doença causada pelo fungo Fusarium Oxysporum sp., tendo surgido na região indo-malaia, região do género Musa, afectando variedades susceptíveis e que mais tarde foram introduzidas no Novo Mundo, a partir de África. E surgiram relatos de focos da doença no Funchal, em Câmara de Lobos e em algumas explorações da Ponta do Sol.

Explica aquela Direcção que, “à parte a confusão que possa existir com o fenómeno periódico em bananais jovens conhecido exactamente como o “Falso Mal-do-Panamá” e que tem suscitado algumas dúvidas”, torna-se premente recolher informação, detectar e confirmar eventuais focos do “Mal-do-Panamá”, procedendo à sua geo-referenciação e mapeamento, propor as acções de combate que se tornem necessárias e elaborar um folheto informativo-didáctico para os agricultores, com as recomendações relevantes para evitar a doença.

Atendendo à presente situação, a Direcção Regional de Agricultura decidiu constituir um grupo de trabalho para a avaliação da doença “Mal-do-Panamá” nos bananais da Ilha da Madeira, designando-o de “GT-Panamá”. Este grupo de trabalho será coordenado pelo director de Serviços de Mercados Agro-alimentares (DSMA), Luís Ribeiro, e pela directora de Serviços de Laboratórios e Investigação Agro-alimentar (DSLIA), Dalila Carvalho.

O “GT-Panamá” será ainda constituído por Maria da Luz Figueira da Silva, Celestina Isabel Brazão, Cecíla Aguiar, pela DSMA, e por Adelaide Fernandes, Délia Cravo e Duarte Sardinha, pela DSLIA. Prevê-se que o prazo de execução dos trabalhos decorra até 28 de Setembro de 2017.

A doença

Explica a Direcção Regional de Agricultura que se acredita que o primeiro relato da doença tenha ocorrido por volta de 1874, no Sudeste de Queensland, Austrália, atacando a cultivar “maçã”. Os primeiros prejuízos foram relatados no Panamá, em 1904, sendo esta a provável razão do nome “Mal-do-Panamá”. Há relatos de que, num período de 50 anos, mais de 40.000 hectares de terra cultivada com banana foram abandonadas em toda a América Central e do Sul, devido à fusariose. Por essa razão, é considerada a doença mais devastadora, afectando plantações comerciais de banana no hemisfério ocidental entre os anos 1900 e 1960.

A cultivar “Pequena Anã” era reconhecida como imune ou altamente resistente à doença. No entanto, em 1973, no Funchal, foi detectada pela primeira vez, tendo o bananal em causa sido arrancado e destruído. Porém, surgiram relatos de que outros focos da doença têm surgido em várias zonas, nomeadamente no Funchal, em Câmara de Lobos e em algumas explorações da Ponta do Sol.

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