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Livre pede ao Governo que assegure a continuidade do Banco Português de Germoplasma Vegetal

O deputado único do Partido Livre, Rui Tavares, está preocupado com a extinção das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas recomendando ao Governo que assegure a continuidade do Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV) e que contemple, no próximo Orçamento do Estado, de 2024, os recursos financeiros que são inerentes ao seu funcionamento e missão que considera “vital para o futuro do País e da humanidade”.

Isto porque, diz o deputado, “o BPGV defronta-se com diversos problemas que colocam em causa a sua importante missão, nomeadamente a falta de financiamento adequado por parte da tutela, o reduzido número de investigadores efectivos e outro pessoal técnico e auxiliar, a que se soma a incerteza quanto ao seu futuro com a anunciada reorganização dos serviços desconcentrados do Estado a nível regional – e correlativa transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional“.

No seu Projecto de Resolução n.º 604/XV entregue na Assembleia da República, Rui Tavares pede ao Executivo que “contemple, no Orçamento de Estado de 2024, os recursos financeiros necessários a que o Banco Português de Germoplasma Vegetal dote o seu quadro de pessoal efectivo do número necessário e suficiente de investigadores, técnicos superiores e assistentes”.

Explica aquele deputado que o BPGV, localizado em Braga, é um dos pólos de investigação do INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Vegetal que se encontra sob a tutela do Ministério da Agricultura, que “tem como missão colher, conservar, caracterizar, documentar e valorizar os recursos genéticos vegetais cultivados em Portugal, de modo a assegurar a diversidade biológica e a produção agrícola sustentáveis”.

“A conservação de sementes, propágulos, pólen, ADN e a cultura de tecidos, permite ao BPGV reunir dezenas de milhar de amostras de cereais, plantas aromáticas e medicinais, fibras, forragens, pastagens e culturas hortícolas. Este acervo vivo resulta de missões de colheita realizadas em Portugal continental e no arquipélago dos Açores e ainda da entrada de material de colecções nacionais e internacionais”, realça Rui Tavares.

E acrescenta que o BPGV “partilha as espécies que reúne e estuda com instituições congéneres de todo o Mundo, das quais se distingue por se encontrar classificado no grupo de bancos de germoplasma com mais de 10 mil variedades conservadas, o que apenas acontece em 10% dos que existem no Mundo. Destaca-se, nesta rede internacional de investigação, o Silo Global de Sementes situado em Svalbard, na Noruega, onde estão guardadas as sementes mais importantes do planeta e para o qual o BPGV contribui regularmente com amostras”.

Para o deputado do Livre, “sem o trabalho realizado pelo BPGV, muitas variedades de plantas tradicionalmente utilizadas na alimentação já teriam desaparecido, uma vez que se assiste ao decréscimo da diversidade das culturas agrícolas em território nacional. Esta diversidade é fundamental para o futuro de uma agricultura ambientalmente e socialmente sustentável e que, mais do que nunca, enfrenta grandes desafios, como a necessidade de alimentar uma população mundial ainda em crescimento e a mudança climática”.

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