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Lisnave manifesta ao Governo interesse na renovação do contrato de concessão

A Lisnave já manifestou junto do Governo o interesse na renovação do actual contrato de concessão. Nuno Santos, CEO da Lisnave, durante a sessão “Indústrias navais desafios da descarbonização”, que teve lugar na Porto Maritime Week, divulgou que “de acordo com o contrato de concessão em vigor temos três anos, antes do termo do contrato, para fazer uma manifestação de interesse e assim o fizemos formalmente junto do Governo”.

Nuno Santos adiantou que “agora temos um período de um ano e meio de negociações entre o estaleiro e o concedente para definir as condições dessa prorrogação. Actualmente estamos nessa fase”, refere uma nota de imprensa da organização da Porto Maritime Week, a cargo da Transportes & Negócios.

Relativamente ao prazo da prorrogação do contrato, o CEO da Lisnave disse que essa componente não está definida e faz parte do processo negocial, mas assumiu que «ficaria muito surpreendido se essa prorrogação não fosse aprovada ou não fosse dada a continuidade do contrato de uma outra forma. Temos um histórico de recuperação de uma empresa que estava tecnicamente falida, que custava muito dinheiro aos contribuintes portugueses, com um passivo financeiro e social enorme”.

E salientou que “o passivo financeiro foi todo liquidado sem custos para os contribuintes e o passivo social também foi resolvido. A empresa tem tido um desempenho exemplar, trabalhamos em concorrência no mercado internacional e sem qualquer apoio do Estado. Os contribuintes portugueses não desembolsam um cêntimo para a Lisnave, aliás o Estado como pequeno accionista da empresa ainda recolhe dividendos dos resultados positivos obtidos”.

3 M€ distribuídos pelos trabalhadores

Durante a sua intervenção, Nuno Santos realçou ainda o facto da empresa ter tido no ano passado o seu melhor ano de sempre e ter distribuído pelos trabalhadores uma verba na ordem dos três milhões de euros, no entanto também adiantou que a Lisnave tem um problema de imagem: “somos vistos como uma indústria muito “suja”, devido às características da própria indústria naval e temos de trabalhar melhor a nossa comunicação. Na verdade, somos umas das indústrias mais “verdes” que existem, porque contribuímos para a recuperação e reutilização dos navios, sem a necessidade de gastarmos matéria-prima”.

Quanto ao futuro, garantiu que a Lisnave tem “um forte plano de investimentos para reforçar a sua presença no mercado da reparação naval a nível internacional planos de investimentos para actuar na construção de equipamentos para as energias renováveis offshore e reciclagem naval, entre outros”, acrescenta a mesma nota.

A quinta edição da Porto Maritime Week, organizada pelo Transportes & Negócios, decorre entre 23 e 27 de Setembro, no Auditório Infante D. Henrique, no Porto de Leixões, fiel ao compromisso de ser o ponto de encontro dos principais stakeholders do sector. Um encontro para abordar temas de grande relevância para a indústria, como os planos de investimento dos portos, a estratégia europeia para o sector, a indústria de cruzeiros, a digitalização, a descarbonização e a promoção da intermodalidade

Mais informações sobre a Porto Maritime Week 2024 aqui.

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