O projecto Life MarPro quer alertar para a “situação dramática” que a espécie pardela-balear (Puffinus mauretanicus) enfrenta, directamente ligada à actividade piscatória e às capturas acidentais em artes de pesca. Uma situação que “pode ser evitada se Organizações Não Governamentais de Ambiente e pescadores trabalharem em conjunto para encontrarem soluções benéficas para todos e sobretudo para a vida selvagem”, dizem os responsáveis pelo projecto.
A pardela-balear é uma das aves marinhas mais ameaçadas da Europa, por ter uma população relativamente pequena, que enfrenta graves ameaças em terra (no arquipélago das Baleares onde nidifica) e no mar (onde passa grandes períodos, sendo a costa continental portuguesa uma das áreas mais importantes), explicam aqueles ambientalistas.
Contraste nas redes de pesca
A colocação de painéis de contraste nas redes de pesca é uma das medidas que está a ser testada pela SPEA — Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e tem tido resultados bastante prometedores. Nem as aves marinhas ficam presas, onde muitas vezes acabam por morrer afogadas, nem os pescadores ficam com as suas artes danificadas.
Para o projecto Life MarPro “Conservação das espécies marinhas protegidas em Portugal Continental” um dos principais objectivos é reduzir os conflitos existentes entre a actividade piscatória e as aves e mamíferos marinhos.
Este projecto é co-financiado pelo programa LIFE da União Europeia, pela SPVS (Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem) e resulta de uma parceria entre a Universidade de Aveiro, a Universidade do Minho, a SPEA, o IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) e ICNF (Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas).
Agricultura e Mar Actual