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Let’s Talk About Pork promove dia aberto na exploração suinícola Herdade do Pessegueiro

A campanha Let’s Talk About Pork promoveu hoje, 8 de Novembro, um dia aberto na exploração suinícola Herdade do Pessegueiro, em Salvaterra de Magos. O dia contou com a presença da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.

A Herdade do Pessegueiro abriu as portas para receber políticos, jornalistas, dirigentes da administração pública e representantes do movimento associativo para mostrar in loco o modelo de produção europeu de carne de porco, “evidenciando que os padrões de qualidade e segurança alimentar na União Europeia são os mais elevados do Mundo e os mais exigentes no que respeita ao bem-estar animal, biossegurança e ambiente”, diz uma nota de imprensa da delegação portuguesa da campanha de esclarecimento “Let’s Talk About Pork From Europe”.

“A suinicultura portuguesa é um sector transparente e coerente. Transmitimos o que fazemos: de dentro para fora, para que a sociedade saiba como trabalhamos nas nossas explorações, no transporte, na indústria e na distribuição”, diz Vítor Menino, proprietário da Herdade do Pessegueiro

A Herdade do Pessegueiro é uma exploração da empresa Valorgado, integrada no agrupamento de produtores Aligrupo. É uma exploração com 1.000 porcas em ciclo fechado implantada numa propriedade de 380 hectares onde também são criados 600 bovinos em regime de pastoreio, satisfazendo assim as necessidades de consumo de cerca de 60.000 portugueses.

Bioeconomia circular

As práticas promotoras da bioeconomia circular são um imperativo nesta exploração onde os efluentes suinícolas são utilizados na valorização agrícola dos solos, promovendo a produtividade dos mesmos, a capacidade de retenção de água e a sua estrutura, produzindo alimento de qualidade para os animais em pastoreio, frisa a mesma nota.

Esta exploração é auto-produtora eléctrica recorrendo às tecnologias das energias alternativas e reutiliza as águas pluviais através de colectores instalados na cobertura dos edifícios e charcas que servem de reservatório, evitando-se assim captações subterrâneas.

A exploração “implementa as mais rigorosas medidas de biossegurança”, desde externas como as vedações que impedem a entrada de animais, os cais de carga e descarga que impedem a aproximação de veículos, os balneários de passagem obrigatória onde trabalhadores e visitantes têm de tomar duche e utilizar roupa da exploração, às medidas internas como os protocolos de utilização de equipamentos e os procedimentos de limpeza e desinfecção da exploração.

Tecnologia de precisão

A condição corporal das porcas gestantes, o conforto térmico dos animais, a promoção da interacção social através de materiais de investigação e a alimentação “são aspectos fundamentais para o bom maneio geral na exploração, sendo cada vez mais indispensável o recurso a tecnologia de precisão”, adianta a mesma nota.

E diz que “a sanidade dos animais resulta do conjunto de elevados padrões de bem-estar animal e biossegurança, formação avançada dos profissionais, investigação contínua sobre as melhores práticas na produção animal e estabelecimento de protocolos veterinários de prevenção de doenças baseados no conceito Uma Só Saúde”.

Com estes princípios, todo o processo de produção da carne de porco, desde o momento em que os animais nascem nas explorações, até o produto chegar à mesa, é totalmente planeado e monitorizado, garantindo a rastreabilidade e a segurança alimentar dos produtos.

“Suinicultura portuguesa é um sector transparente e coerente”

Vítor Menino, proprietário da Herdade do Pessegueiro e promotor da campanha Let’s Talk About Pork refere que “a suinicultura portuguesa é um sector transparente e coerente. Transmitimos o que fazemos: de dentro para fora, para que a sociedade saiba como trabalhamos nas nossas explorações, no transporte, na indústria e na distribuição. A realização deste dia, tem precisamente este objectivo, reforçar o esclarecimento sobre o modelo de produção europeu, que tem como base exigentes rigorosos critérios que acompanham as diferentes fases de produção”.

Para além de produzir e alimentar, “a actividade suinícola desempenha um papel importante na economia em meio rural, gerando emprego de diversos níveis de qualificação, produzindo no agregado da fileira um valor de negócios anual superior a 2.000 milhões de euros, exportando mais de 170 milhões de euros para 46 países, combatendo a desertificação do território e diminuindo o risco de incêndios florestais”, realça a mesma nota de imprensa.

No evento também marcou presença o presidente da FPAS — Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, David Neves, que reforçou que “o bem-estar animal, a biossegurança, a rastreabilidade, a sustentabilidade e a economia circular são práticas correntes no dia-a-dia das explorações suinícolas portuguesas. Não são instrumentos de marketing, são o nosso compromisso social com os consumidores”.

David Neves, presidente da FPAS

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