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Jornadas da Anipla: “é urgente combater a dependência alimentar e lutar por um sector (ainda) mais sustentável”

A edição anual das Jornadas de Homologação da Anipla — Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas realizou-se no dia 5 de Abril, pelo 5º ano consecutivo. Este ano dedicada ao tema do fundamento do Pacto Ecológico Europeu, a iniciativa pretendeu debater as possíveis consequências nas práticas de produção e comercialização de bens alimentares.

E também analisar o impacto de possíveis novas metas impostas aos Estados-membros no âmbito da redução na utilização de produtos fitofarmacêuticos.

A conclusão surgiu em uníssono no Auditório da Biblioteca da FCT — Faculdade de Ciências e Tecnologias: “é urgente reduzir a dependência externa e lutar por um sector mais sustentável e que responde às necessidades de uma população em crescendo”.

Na abertura da sessão, Eurico Brilhante Dias, ex-secretário de Estado da Internacionalização e actual deputado socialista, deu o mote para o diálogo sobre o tema da dependência, desde logo quando convida à reflexão sobre a importância de “reforçar as competências técnicas em matéria de fitossanidade, em articulação com a capacidade diplomática para abertura de novos mercados”.

Um tema que acabou por ser latente durante toda a sessão e abordado pelos vários oradores, num encontro que ficou marcado pela necessidade de maior autonomia e capacidade de produção de alimentos.

Razão pela qual, neste mesmo momento de abertura, Felisbela Torres Campos, presidente da Anipla, aproveitou para relembrar que “depois de uma pandemia que nos apanhou a todos de surpresa, o momento que vivemos no seio do sector é novamente muito difícil: uma escalada de preços a todos os níveis, com um impacto socioeconómico enorme que nos obriga a tornar, cada vez mais, prioritários os temas da sanidade das plantas, da segurança alimentar e do acesso em quantidade e qualidade aos alimentos que precisamos”.

Uso Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos

Aberto o painel de oradores e dadas as boas-vindas, foi a vez de Ana Bárbara Oliveira, directora de Serviços de Meios de Defesa Sanitária da DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária levantar o véu sobre a proposta do novo Regulamento sobre o Uso Sustentável de Produtos Fitofarmacêuticos, que será previsivelmente divulgado pela Comissão Europeia em Junho.

A directora começa por chamar à atenção para a importância de definir metas concretas “num quadro europeu que aperta cada vez mais o sector e que o obriga a trabalhar sob novos e desafiantes contextos. Há neste momento um conjunto de políticas, estratégias e ambições que precisam de ser integradas numa proposta de regulamento sustentável, que crie um contexto de trabalho passível de ser cumprido por parte de todos os envolvidos”.

Acrescentando ainda sobre esta proposta de regulamento, que é urgente que a mesma “esteja em total alinhamento com os objectivos da Estratégia do Prado ao Prato, que impulsione a operacionalização dos princípios da protecção integrada, e que capacite os estados-membros para o cumprimento dos objectivos e desígnios do documento, associado aos riscos no uso de produtos fitofarmacêuticos”.

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