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Jerónimo: “únicas medidas concretizadas são derrogações e linhas de crédito para os agricultores se endividarem ainda mais”

“As únicas medidas concretizadas são derrogações e linhas de crédito para os agricultores se endividarem ainda mais. Mesmo a redução de ISP [Imposto sobre Produtos Petrolíferos] nos combustíveis, não só não acompanha os apoios globais à economia, como está longe das propostas” que o Partido Comunista Português (PCP) apresentou., diz o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

“Os agricultores continuarão a pagar pelo gasóleo verde 50% a mais que em Janeiro de 2021. Por isso vamos agora entregar um projecto-lei que permite que os agricultores paguem, na bomba, o valor médio do gasóleo no último quinquénio”, acrescenta o político, que falava na sessão de encerramento de uma audição parlamentar promovida pelo PCP, a 15 de Julho, sobre “Produção de Alimentos, agricultura e soberania alimentar – um desígnio nacional”.

Segundo Jerónimo de Sousa, “o Governo, desdobrando-se em anúncios de milhões e milhões, não faz chegar aos agricultores um cêntimo sequer de dinheiro novo, sem lhes somar novos encargos ou sem que tal signifique que o dinheiro fará falta mais adiante. O caso do adiantamento das ajudas da PAC [Política Agrícola Comum] é disso absolutamente sintomático”.

“O Governo prometeu fazer esse adiantamento em Maio, o que representaria a injecção de dinheiro nas explorações antes de Outubro, período em que, há já vários anos, ocorre, por dificuldades diversas que os agricultores têm enfrentado, esse adiantamento. Não o fez em Maio, mas anunciou, como se fosse coisa nova, que faria em Junho. Decidiu mais um processo altamente burocratizado para os agricultores se candidatarem ao adiantamento, uma vez que já tinham direito a essa ajuda”, frisa o secretário-geral do PCP.

E realça: “esta semana veio anunciar, novamente como novidade, o pagamento na passada terça-feira, mesmo que uma parte só viesse a ser feita no final desta semana. Pelo meio ainda procurou responsabilizar as Confederações Agrícolas porque reclamaram mais tempo para as candidaturas. Repare-se que não estamos a falar de qualquer apoio novo, mas de receber agora uma ajuda que todos iriam receber em Outubro”.

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