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Introdução do regadio de Alqueva multiplicou novos projectos frutícolas na região

A introdução do regadio na região de Alqueva levou a uma “multiplicação de novos projectos frutícolas, desenvolvidos em vários moldes e usando diferentes fruteiras”, diz a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.

“Pelo facto de terem existido, até há poucos anos, na região do EFMA [Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva] restrições de recursos hídricos, as frutícolas nunca se desenvolveram em larga escala. No entanto, nos regadios já existentes na região, constatava-se que existia aptidão para algumas espécies frutícolas, especialmente para aquelas que, necessitavam de menos horas de frio ou produziam em alturas do ano em que as baixas temperaturas e/ou as geadas não causavam prejuízos de maior”.

Esta é a opinião dos técnicos da EDIA que escrevem na sétima edição do Anuário Agrícola de Alqueva que, por outro lado, “já existia a percepção que os produtos regionais poderiam ter uma qualidade superior, fruto das condições edafoclimáticas existentes”.

“Apesar de ser relativamente consensual que as prunóideas teriam excelentes condições de produção na região, o mesmo não era considerado para as pomóideas. Porém, nos últimos anos, verifica-se que têm sido desenvolvidos novos projectos de pereira (Pêra Rocha) e de macieira, que têm apresentado resultados interessantes”, realça o Anuário.

Amendoeiras em expansão

E acrescenta que a área de frutos secos “tem aumentado significativamente na área de influência de Alqueva, com o desenvolvimento, predominantemente, de projectos de amendoeiras. Segundo especialistas em culturas frutícolas, com a garantia de água de Alqueva, a região ganha características óptimas para a sua produção, enquanto, suprir as necessidades nacionais de fruta se torna numa oportunidade para os produtores da nossa região”.

Assim, dizem ainda os técnicos da EDIA, têm vindo a ser “desenvolvidos novos projectos na região, destacando-se a Vila Galé (pomóideas e prunóideas), FairFruit (prunóideas, estando instalada uma central frutícola em Beja) e Vergers du Soleil (uva de mesa, estando instalada uma central frutícola em Serpa). A empresa Vale da Rosa (uva de mesa), já instalada há várias décadas, tem aumentado a sua área de produção”.

O desenvolvimento da exportação, principalmente, no caso de frutos frescos “depende em larga medida da existência de redes logísticas estabelecidas. Por outro lado, face à concorrência de produtos provenientes de outros países na área das frutícolas, o caminho passará, em larga medida, pela produção de produtos diferenciados e/ou fora da época normal de mercado, por forma a proceder à sua valorização”, frisa o Anuário Agrícola de Alqueva.

“O mercado do Norte da Europa tem mostrado apetência por estes produtos, podendo ser uma oportunidade para a produção no EFMA. A título de exemplo existem produtores, em modo de produção biológico, cujo destino de produção é predominantemente a exportação”, diz ainda o Anuário Agrícola de Alqueva que pode ler aqui.

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