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Instabilidade política e social preocupa empresas portuguesas

O Grupo Marsh & McLennan Companies (MMC) realizou, pelo segundo ano consecutivo, o estudo nacional “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos” com o objectivo de identificar os potenciais riscos que as empresas portuguesas consideram que o mundo vai enfrentar, bem como os que as próprias irão enfrentar. Este estudo, que contou com a participação de mais de 150 empresas, pertencentes a 21 sectores de actividade, surge no seguimento da apresentação do Global Risks Report 2016, em Davos, desenvolvido pelo World Economic Forum e que contou com o apoio de parceiros estratégicos, como o Grupo MMC.

Este estudo permitiu avaliar a importância que as empresas portuguesas estão a dar à gestão e à mitigação dos riscos, analisando-os por cinco categorias: económicos, ambientais, geopolíticos, sociais e tecnológicos. Os resultados foram apresentados hoje, 12 de Abril, no Epic Sana Lisboa Hotel.

De acordo com o estudo, 57% das empresas portuguesas consideram que “ataques terroristas em larga escala” é o principal risco que o Mundo enfrenta, seguido de “crises fiscais e financeiras em economias chaves”, com 49%. Em terceiro lugar, surge a “instabilidade social profunda”, com 33%, a “migração involuntária em grande escala”, a “falha de governance nacional” e os “eventos climáticos extremos” ocupam o quarto lugar, com 30%. Outro risco igualmente relevante, apontado pelas empresas nacionais, é o “elevado desemprego”, representando 29%.

O Grupo MMC apurou que os riscos geopolíticos, sociais e económicos predominam no Top 5 dos riscos que o Mundo enfrenta, segundo a perspectiva das empresas portuguesas.

No âmbito dos riscos que as empresas possam vir a enfrentar no ano de 2016, a “instabilidade política & social” é o risco com maior probabilidade de ocorrer, segundo 48% das empresas inquiridas, seguindo-se a “crise financeira / crises fiscais”, com 40%, a “recessão” e a “concorrência” ocupam o terceiro e quarto lugares, com 33% e 28%, respectivamente. A última posição do Top 5 é ocupada pelos “ataques cibernéticos”, com 25%. Neste caso, os riscos sociais e económicos são os que ganham mais relevo, sendo um risco social a ocupar o primeiro lugar, em 2015 este risco ocupava o segundo lugar, o que demonstra o aumento da preocupação das empresas face a este risco.

Rodrigo Simões de Almeida, Country Manager da Marsh, afirma que “é fundamental que as empresas se foquem mais nos riscos globais e emergentes, que testem a eficácia das suas medidas de mitigação de riscos e aumentem a sua resiliência, para que não comprometam os seus investimentos ou enfrentem uma interrupção de negócio.”

Empresas e a gestão de riscos

A gestão de riscos, nos últimos anos, tem começado a ter um papel de maior relevância para as empresas portuguesas. Contudo, quando questionadas sobre a importância dada a este tema na sua empresa, apenas 38% afirmou ser elevada. 30% afirma que não sabe ou diminuiu o valor orçamentado para esta rúbrica e apenas 24% afirma que aumentou.

“Na actual fase em que o Mundo se encontra (altamente volátil, incerto, complexo e ambíguo), a gestão do risco é absolutamente crítica para as empresas. Não só é necessário conhecer os riscos actuais com impacto directo ou indirecto nos negócios, como também antecipar os riscos futuros. Para tal, é fundamental o acesso a dados e implementação de uma estratégia sólida de cobertura de riscos, sejam eles associados ao património, como também à responsabilidade civil e aos colaboradores”, diz Diogo Alarcão, chairman da MMC Portugal.

Segundo os resultados do Global Risks Report 2016, os riscos de maior preocupação a considerar para os próximos 18 meses e 10 anos concentram-se, sobretudo, em questões de nível social, geopolítico e ambiental.

O grupo Marsh & McLennan Companies, composto por empresas de soluções nas áreas de risco, estratégia e de gestão de recursos humanos, conta com um volume de negócios anual superior a 13.000 milhões de dólares e conta com mais de 60.000 colaboradores.

Deste Grupo fazem também parte a Marsh, líder mundial em corretagem de seguros e gestão de riscos; a Guy Carpenter, líder mundial em serviços de riscos e corretagem de resseguros; a Mercer, líder mundial em consultoria nas áreas do talento, benefícios, pensões e investimentos e a Oliver Wyman, líder mundial em consultoria estratégica.

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