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INE: produção de azeitona para azeite superior a 1,1 milhões de toneladas. Mais 55% que em 2020

As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 30 de Novembro, apontam para uma campanha oleícola histórica, com uma produção de azeitona para azeite superior a 1,1 milhões de toneladas (+55% face a 2020), a maior da série (1945-2021).

Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2021 do INE, esta “produção extraordinária conduziu ao esgotamento da capacidade de recepção e armazenamento do bagaço de azeitona nas unidades de extracção, levando mesmo à interrupção da colheita, com eventuais impactos negativos na qualidade e quantidade de azeite produzido”.

Acrescentam os técnicos do INE que a colheita da azeitona teve início em meados de Outubro nos olivais tradicionais e no início de Novembro nos olivais em sebe. Após um ano de contrassafra, as condições meteorológicas na fase da floração e do vingamento foram muito favoráveis, originando uma carga de frutos significativamente superior à da campanha anterior.

Aumento no calibre das azeitonas

A maturação decorreu normalmente, tendo a precipitação do final de Outubro contribuído para um aumento no calibre das azeitonas em alguns olivais tradicionais de sequeiro do Centro e Sul. É a conjugação destes aspectos com o peso crescente dos olivais intensivos de regadio que permite ao INE estimar uma produção acima das 1,1 milhões de toneladas de azeitona para azeite, a mais elevada da série (1945-2021).

Referem ainda os técnicos do Instituto Nacional de Estatística que o tempo seco de Novembro permitiu um bom ritmo na apanha e transporte da azeitona para os lagares.

Este facto, aliado à elevada quantidade (ainda que previsível) de matéria-prima, levou, após a última semana de Novembro, ao esgotamento da capacidade de armazenamento de bagaço de azeitona em muitos lagares, uma vez que foi alcançada, principalmente no Alentejo, a capacidade máxima instalada das unidades de recepção e extracção de bagaço de azeitona.

“A interrupção da laboração dos lagares obrigou, naturalmente, à suspensão da colheita da azeitona, com potenciais consequências ao nível da quantidade e qualidade do azeite produzido”, frisa o Instituto Nacional de Estatística no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Dezembro de 2021.

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