O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje, 13 de Dezembro, a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2021. Prevê que o rendimento da actividade agrícola deverá aumentar 11,1%, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), com o Valor Acrescentado Bruto (VAB) a crescer 9% e os subsídios pagos à produção a subirem 9,7%, após uma quase estagnação em 2020 (-0,1%).
Prevê assim o INE um rendimento empresarial líquido na actividade agrícola para o ano de 2021 de de 2.229,58 milhões de euros, contra o valor provisório de 1.944,12 milhões de euros em 2020.
Para esta evolução, dizem os técnicos do INE, foi determinante a variação positiva do rendimento real dos factores (+10,3%) associada a uma ligeira redução do volume de mão-de-obra agrícola (VMOA) de 0,7%. A evolução do rendimento dos factores reflecte, fundamentalmente, o aumento do VAB e dos Outros subsídios à produção.
De acordo com a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para 2021, o aumento do VAB, em valor (9%), resultou do efeito combinado dos crescimentos nominais da produção do ramo agrícola (+11,1%) e do consumo intermédio (+12,4%). Em termos reais, o VAB deverá aumentar um pouco mais (+11,2%), reflectindo a diminuição do deflator implícito.
Subsídios
Adianta o INE que, de acordo com a informação disponibilizada pelo IFAP — Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, prevê um aumento nos montantes de subsídios pagos em 2021 (+8,5%), em resultado de acréscimos nos Subsídios aos produtos e nos Outros subsídios à produção (+3,9% e +9,7%, respectivamente).
Para o aumento dos subsídios aos produtos, contribuíram essencialmente ajudas atribuídas ao arroz e ao leite. Relativamente aos Outros subsídios à produção, o acréscimo resulta do efeito conjugado de várias ajudas, nomeadamente o aumento do Pagamento Greening e aumentos mais expressivos no âmbito das Medidas agroambientais.
Agricultura e Mar Actual