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INE prevê acréscimo de 2,9% na produção animal em 2021 com preços a subirem 1,4%

O Instituto Nacional de Estatística (INE), na sua primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2021, antevê um acréscimo nominal da produção animal de 2,9%, face a 2020.É o resultado do aumento, quer do volume (1,4%), quer dos preços de base (+1,4%). As produções de bovinos, ovinos e caprinos, aves, leite e ovos deverão ser determinantes para aquela evolução em termos nominais.

Estimam os técnicos do INE um acréscimo em volume (+6,3%) nos bovinos, tendo em conta o aumento dos abates em relação a 2020, quer de vitelos e vitelões, quer de bovinos adultos. O consumo interno e a exportação  permitiram o escoamento da produção. Os preços de base diminuíram ligeiramente (-0,4%).

Para os ovinos e caprinos, prevêem-se acréscimos do volume e preço da produção (+10,5% e +5,4%, respectivamente), em resultado de um maior abate de animais, quer jovens quer adultos. Estes aumentos reflectem, em grande parte, a recuperação relativamente às dificuldades de escoamento sentidas por este sector em 2020, como consequência da conjuntura gerada pela Covid-19.

Aves e capoeira

Nas aves de capoeira, diz a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura para o ano de 2021 ser expectável um aumento marginal do volume (+0,1%) e um crescimento mais pronunciado no preço (+7,5%), sendo de destacar o contributo do frango e galinha para este acréscimo.

Em contraciclo com as outras espécies animais, os suínos deverão decrescer em volume (-0,2%) e preço (-6,1%). A produção revela alguma recuperação do impacto da pandemia, sobretudo no subsector da carne de leitão, particularmente afectado pelo encerramento da restauração.

No entanto, acrescenta o INE, apesar das boas perspectivas verificadas no início do ano, o aumento da exportação, a diminuição das importações de carne de porco pela China, assim como o aparecimento de focos de Peste Suína Africana na Europa levaram a um acréscimo de oferta de carne de porco no espaço europeu, sobretudo por parte dos grandes produtores. Este facto, associado à redução generalizada de procura, em consequência da pandemia, ocasionou uma baixa de preço a nível europeu.

Leite

Para a produção de leite os técnicos do INE estimam um decréscimo ligeiro da produção em volume (-0,4%) e um aumento do preço de base (+1,2%). Efectivamente, verificou-se uma redução do volume de entregas de leite na indústria, quer nos Açores quer no continente. Quanto ao preço, o aumento deve-se sobretudo ao subsídio ao produto, não se tendo reflectido no preço no produtor o aumento de preços dos factores de produção (nomeadamente energia e alimentos para animais).

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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