As “boas disponibilidades forrageiras diminuem a procura de fenos, silagens, palhas e rações”, dizem os técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) — com base nas suas previsões agrícolas em 31 de Maio de 2024.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Junho de 2024, do INE, “as precipitações ocorridas no Inverno e Primavera, associadas às temperaturas amenas, interferiram positivamente no desenvolvimento vegetativo das pastagens e forragens, aumentando significativamente a matéria verde disponível para pastoreio e corte (feno/feno silagem)”.
“A extraordinária produção forrageira tem possibilitado que, de um modo geral, as necessidades alimentares dos efectivos pecuários em regime extensivo sejam supridas por pastoreio. Por outro lado, permite o armazenamento de alimentos conservados em quantidades superiores ao habitual, essenciais à alimentação dos efectivos pecuários em períodos de carência alimentar”, acrescentam os técnicos do INE.
O aumento das disponibilidades alimentares dos efectivos pecuários, em pastoreio e alimentos conservados, reflecte-se na menor procura de fenos, silagens e palhas (os preços são inferiores a 2023), bem como de rações.
Clima
Acrescenta o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Junho de 2024 que o mês de Maio caracterizou-se, em termos meteorológicos, como seco. A precipitação total foi de 33,5mm (-28,9mm que o valor normal 1981-2010), correspondendo ao nono Maio mais seco desde 2000.
A precipitação concentrou-se nos períodos de 1 a 5 e de 13 a 16 de Maio, tendo ocorrido essencialmente nas regiões a Norte do Tejo.
Quanto à temperatura, Maio classificou-se como normal , com uma temperatura média do ar de 16,6°C, correspondendo a uma anomalia de +0,3°C, face ao valor normal de 1981-2010.
Quanto ao cenário meteorológico do presente ano hidrológico (com início em Outubro de 2023), “continua a ser relativamente semelhante em termos regionais: Maio de 2024 foi o único mês que registou um desvio negativo na temperatura, face à média de 2004-2023.
Os meses de Janeiro e Fevereiro de 2024 (em todo o território), mas também Outubro e Novembro de 2023 e Abril de 2024 (a Norte do Tejo), foram muito quentes, com desvios iguais ou superiores a 1,5°C, face à média de 2004-2023. Dezembro de 2023 e Abril e Maio de 2024 foram os meses mais secos em ambas as regiões (em termos relativos, quando comparados com a precipitação média de 2004-2023) e Março de 2024 o mais húmido.
No que diz respeito à precipitação acumulada, esta é superior à média dos últimos 20 anos hidrológicos, quer a Norte do Tejo (+28%), onde se posiciona como o terceiro mais húmido, quer a Sul do Tejo (+7%, face à média, e +32%, face ao ano hidrológico anterior).
Agricultura e Mar