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Incêndios queimaram 216 mil hectares de floresta até Setembro

A base de dados nacional de incêndios florestais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Setembro de 2017, um total de 14.097 ocorrências (2.951 incêndios florestais e 11.146 fogachos) que resultaram em 215.988 hectares de área ardida de espaços florestais, entre povoamentos (117.302ha) e matos (98.686ha).

De acordo com o 8º Relatório Provisório de Incêndios Florestais – 2017, do ICNF — Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, comparando os valores do ano de 2017 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 10% de ocorrências e mais 174% de área ardida relativamente à média anual do período.

O ano de 2017 apresenta, até ao dia 30 de Setembro, o quinto valor mais baixo em número de ocorrências e o valor mais elevado de área ardida, desde 2007. Há registo de 1.178 reacendimentos, menos 17% do que a média anual do período 2007-2016.

Análise distrital

Da análise por distrito, destacam-se com maior número de ocorrências, e por ordem decrescente, os distritos de Porto (3.462), Braga (1.468) e Viseu (1.353). Em qualquer um dos casos as ocorrências são maioritariamente fogachos, ou seja, ocorrências de reduzida dimensão que não ultrapassam 1 hectare de área ardida. No caso específico do distrito do Porto a percentagem de fogachos é de 89%.

O distrito mais afectado, no que concerne à área ardida, é Castelo Branco com 38.962 hectares, cerca de 18% da área total ardida até à data, seguido de Santarém com 34.705 hectares (16% do total) e de Coimbra com 25.526 hectares (12% do total).

O incêndio que provocou maior área ardida no distrito de Castelo Branco teve a sua origem na freguesia de Várzea Dos Cavaleiros, concelho da Sertã, e consumiu 29.758 hectares de espaços florestais (76% do total ardido no distrito).

Sem chuva

Acrescenta o relatório que, da análise do índice de severidade diário (DSR), acumulado desde 1 de Janeiro, verifica-se que 2017 é o segundo ano mais severo desde 2003, ultrapassado apenas por 2005. Face às condições meteorológicas adversas, favoráveis à propagação de incêndios florestais, a ANPC decretou, até à data, 85 dias de alerta especial de nível amarelo ou superior do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), dos quais se destacam 19 dias no mês de Setembro.

Pode consultar o relatório completo aqui.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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