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ICNF: número de aves mortas em redes de protecção de aquaculturas não é elevado

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) revela que os resultados preliminares do programa de monitorização de afectação de aves pelas redes utilizadas para protecção dos tanques de aquaculturas “não confirmam um elevado número de aves que ficaram retidas, mortas ou feridas, nas redes de protecção dos tanques das explorações das aquaculturas. Ainda, não foi identificada nenhuma ave afectada, com estatuto especial de conservação”.

Estes resultados preliminares foram apresentados no passado dia 21 de Abril, depois de denúncias feitas por organizações não-governamentais da área do ambiente (ONGA) que referem “estimativas” que apontam para centenas de aves afectadas todos os anos, por ferimentos e morte, pelas redes de protecção dos tanques das aquaculturas.

No entanto, segundo o ICNF, as explorações dos estabelecimentos de aquaculturas “referem a ocorrências de vários episódios de aves presas nas redes, que na maioria dos casos resultam na morte dos animais, sobretudo de corvos-marinhos e gaivotas. As várias explorações contactadas cifram aqueles valores em menos de uma dezena de aves mortas nas redes da exploração por ano”.

O programa de monitorização para caracterização e avaliação da afectação de aves, por ferimentos ou morte, causados pelas redes utilizadas para protecção dos tanques das aquaculturas, surgiu na sequência da identificação de situações de mortalidade de aves causada pelas redes utilizadas para protecção dos tanques das aquaculturas no Estuário do Rio Mondego, concelho da Figueira da Foz, e tendo em conta que se trata de uma área onde está confirmada a ocorrência de mais de cento e oitenta espécies de aves.

Está prevista a divulgação dos resultados da implementação do programa de monitorização, durante o próximo mês de Maio.

Recolha de dados

O programa de monitorização consiste na realização de visitas quinzenais às explorações de aquaculturas para recolha sistemática de informação que permita fazer uma caracterização fiável do problema e conhecer com rigor:

  • as espécies afectadas pelos dispositivos instalados para protecção dos tanques das aquaculturas e para dissuasão das aves (descritor qualitativo);
  • avaliar a dimensão do problema (descritor quantitativo);
  • recolher informação que permita definir as características físicas e técnicas (tipo de materiais, dimensões, cores, formas de os colocar, etc.) que devem possuir os dispositivos instalados para evitar a predação das aves nos tanques das pisciculturas e que simultaneamente previnam a mortalidade e/ou ferimentos nas aves.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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