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Há 30 mil estrangeiros na agricultura portuguesa. Nepal e Índia lideram mão-de-obra

A actividade agrícola — Secção A – Agricultura, produção animal, caça, floresta e pescas — contava em 2021 com 29.819 trabalhadores estrangeiros, 5,5% das 542.165 pessoas de nacionalidade estrangeira a residirem em Portugal. Os nacionais do Nepal e da Índia distinguiam-se por desenvolverem a sua profissão na agricultura, com 34,4% e 29,6%, respectivamente, muito acima dos obtidos para o total da população estrangeira, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a publicação “Censos – O que nos dizem os Censos sobre a população de nacionalidade estrangeira residente em Portugal”, também a comunidade romena (15,3%) e a ucraniana (7,2%) tinham proporções significativas na agricultura.

Do total da mão-de-obra estrangeira a residir em Portugal, 2,7% são trabalhadores não qualificados da agricultura, produção animal, pesca e floresta (14.663 pessoas), sendo 10.071 trabalhadores qualificados.

Esta publicação constitui o segundo número da série de estudos publicada pelo INE, no âmbito dos Censos 2021, que procura explorar algumas das temáticas censitárias mais relevantes ao nível da população, dos agregados familiares e da habitação.

Adianta o INE que a maioria da população estrangeira residente em Portugal habitava em alojamentos arrendados (58,0%) e cerca de 37,7% residia em alojamentos sobrelotados.

À data da realização dos Censos 2021, residiam em Portugal 542.165 pessoas de nacionalidade estrangeira, representando 5,2% do total da população residente. Nas últimas décadas, a população estrangeira a residir em Portugal tem vindo a aumentar. Nos últimos 10 anos esse crescimento foi de cerca de 37%, o que corresponde a um acréscimo nominal de 147.669 pessoas, acrescenta a publicação do INE.

Distribuição geográfica

Em termos de distribuição geográfica, a Área Metropolitana de Lisboa acolhia 46,9% do total de estrangeiros residentes em Portugal, seguindo-se a região Norte e a região Centro com 17,1% e 15,5%, respectivamente.

No extremo oposto, encontrava-se a Região Autónoma dos Açores, com apenas 0,6% do total da população de nacionalidade estrangeira.

Tendo como referência o peso relativo da população estrangeira sobre o total da população residente, o Algarve destacava-se como a região onde os cidadãos estrangeiros estavam mais representados, totalizando 14,5% do total da população residente na região. Seguia-se a Área Metropolitana de Lisboa, com 8,9% dos residentes de nacionalidade estrangeira. Nas restantes regiões NUTS II, a população de nacionalidade estrangeira tinha um peso inferior à média nacional (5,2%).

Segundo o INE, a distribuição regional da população estrangeira apresenta alguma diferenciação entre o litoral e o interior do País, estando, de uma forma geral, os municípios com maiores proporções de estrangeiros localizados na faixa costeira do continente.

Com excepção de Odemira (28,5%), os municípios com maior percentagem de população estrangeira situavam-se na região algarvia, destacando-se Vila do Bispo (25,9%), Aljezur (25,7%), Lagos (23,0%) e Albufeira (20,0%).

Os municípios onde as comunidades estrangeiras estavam menos representadas localizavam-se essencialmente nas regiões do Douro, do Tâmega, do Ave, assim como no Alto Alentejo e na Região Autónoma dos Açores.

Pode ler a publicação do INE aqui.

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