AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
O secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia dos Açores afirmou hoje, 28 de Novembro, na Horta, que 2018 se constitui como “um dos melhores anos de sempre” de vendas de pescado em lota, adiantando que este ano já foram atingidos 35 milhões de euros na primeira venda na Região, o que corresponde a “um aumento de 30%, comparativamente com 2017”.
Gui Menezes vincou o “aumento assinalável” dos rendimentos no sector das pescas nos Açores, acrescentando que, contabilizando os 3,3 milhões de euros em atum descarregado pelas embarcações dos Açores na Madeira, o sector das pescas obteve este ano na primeira venda cerca de 39 milhões de euros.
Propostas de Plano e Orçamento para 2019
O secretário Regional, que falava na Assembleia Legislativa, no âmbito da discussão das propostas de Plano e Orçamento para 2019, anunciou que o Governo dos Açores vai implementar um Plano para a Valorização do Atum, impulsionando novas formas de tratar este pescado “selvagem e de elevada qualidade”, através da formação de armadores e pescadores, para que o atum seja vendido “em mercados de valor acrescentado, contribuindo, deste modo, para o aumento do rendimento do sector”.
Gui Menezes garantiu que a fileira do atum “ainda tem uma grande margem para crescer”, adiantando ainda que está previsto para o próximo ano um apoio adicional da Região às conserveiras açorianas, de modo a compensar esta indústria dos custos decorrentes da sua localização ultra-periférica.
“A capacidade de criação de novos produtos, aliada ao saber tradicional, tem-se revelado determinante para a afirmação desta indústria nos mercados internacionais”, frisou.
Diversificação do rendimento de toda a fileira
O secretário Regional sublinhou que a acção do Governo dos Açores no sector das pescas será centrada “no aumento e na diversificação do rendimento de toda a fileira”, contando, para isso, com “o importante contributo dos parceiros do sector e da ciência para a defesa das políticas de promoção da gestão dos recursos marinhos de forma precaucionaria e sustentável”.
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