A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária informa que no dia 4 de Fevereiro, foi confirmado um foco de infecção por vírus da Gripe Aviária numa exploração comercial de perus de engorda e frango do campo, em A-dos-Cunhados e Maceira, Torres Vedras.
Refere aquela Direcção em comunicado de imprensa que “as medidas de controlo do foco estão já a ser implementadas pela DGAV. Estas medidas, adoptadas de acordo com a legislação em vigor, incluem a inspecção aos locais onde foi detectada a doença e a eliminação dos animais afectados, assim como a inspecção e notificação das explorações que detêm aves existentes nas zonas de protecção num raio de 3 km em redor do foco e de vigilância num raio de 10 km em redor do foco”.
A gripe aviária é uma doença infecciosa viral que atinge aves selvagens, de capoeira e outras aves mantidas em cativeiro. As infecções por vírus da gripe aviária apresentam-se em duas formas, os vírus de baixa patogenicidade provocam apenas sinais ligeiros de doença, enquanto os vírus de alta patogenicidade provocam mortalidade muito elevada, especialmente nas aves de capoeira, com um impacto importante na saúde das aves domésticas e selvagens, bem como na produção avícola, uma vez que constitui motivo de suspensão da comercialização de aves vivas e seus produtos nas zonas afectadas, relembra a DGAV no seu Edital nº 7 da Gripe Aviária.
Doença alastra pelo País
Explica aquele Edital que a 30 de Novembro de 2021, foi confirmado o primeiro foco de infecção por vírus da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) do subtipo H5N1 em aves domésticas de detenção caseira no concelho de Palmela.
A 23 de Dezembro de 2021 foi confirmado um segundo foco de infecção por vírus da GAAP do mesmo subtipo H5N1 em perus numa exploração comercial situada em Santa Maria São Pedro e Sobral da Lagoa, Óbidos. A 30 de Dezembro de 2021, identificou-se um terceiro foco em exploração de perus em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, relacionado com o segundo foco.
Já a 3 de Janeiro foi confirmado o quarto foco de infecção por vírus da GAAP do subtipo H5N1 em aves domésticas de detenção caseira, na freguesia de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, concelho de Santiago do Cacém.
E a 4 de Janeiro foi confirmado o quinto foco de GAAP, identificado em aves selvagens, ganso-bravo (Anser anser) e ganso-patola (Morus bassanus), em Alpiarça, e a 10 de Janeiro em patos mudos (Cairina moschata) dentro da zona de vigilância em Vila Nova da Barquinha (foco 3B), e ainda em gaivota (Larus michahellis) encontrada morta na praia do Baleal em Peniche, perfazendo este último o sexto foco de GAAP.
A 14 de Janeiro confirmou-se novo foco numa instalação que detém aves de colecção, em Santa Margarida da Coutada, Constância, na zona de vigilância do foco n.º 3 (Vila Nova da Barquinha), designado foco 3C. Por fim, a 4 de Fevereiro confirmou-se o foco n.º 7 de GAAP do subtipo H5N1, numa exploração comercial de perus e frango do campo, localizada na União de Freguesias de A-dos-Cunhados e Maceira, Torres Vedras
Medidas de biossegurança
A DGAV apela a todos os detentores de aves que cumpram com rigor as medidas de biossegurança e das boas práticas de produção avícola, que permitam evitar contactos directos ou indirectos entre as aves domésticas e as aves selvagens.
“Devem ser reforçados os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves”, salienta a DGAV frisando que “a notificação de qualquer suspeita deve ser realizada de forma imediata, de forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno pela DGAV”.
Agricultura e Mar Actual