A Aicep – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal já publicou a “Ficha de Mercado da Alemanha”, edição de Agosto de 2017. No documento, é feita uma análise da economia alemã, das relações económicas bilaterais e das condições de acesso ao mercado, apresentando também um conjunto de informações úteis para exportadores e investidores nacionais.
“Pela sua centralidade geográfica e estatuto de potência económica, a Alemanha continua a ser um mercado com potencialidades para o reforço das exportações portuguesas”, diz a Aicep.
Realçam os analistas da Aicep que a Alemanha, com 82,3 milhões de habitantes, um PIB de 3,5 mil milhões de USD e um PIB per capita de perto de 50 mil USD, em 2016, é a maior economia da União Europeia (UE) e a 4ª a nível mundial, a seguir aos EUA, à China e ao Japão.
Graças a um sector exportador tradicionalmente forte, dos mais competitivos do mundo e o principal motor do seu crescimento económico, a balança corrente alemã beneficia de excedentes estruturais no comércio de mercadorias, que representaram, em 2016, 8,4% do PIB, contribuindo, também, para a sua elevada poupança, que é investida interna e externamente. Nesse ano, a Alemanha foi o 11º investidor mundial.
A Alemanha desempenha um papel fundamental nas relações comerciais internacionais, ocupando, em 2016, o 3º lugar no ranking mundial de exportadores (atrás da China e dos EUA), com 8,4% do valor global das exportações mundiais, e também o 3º lugar no de importadores (atrás dos EUA e da China), respondendo por 6,5% do valor global das importações mundiais.
Linha política deve manter-se
Acrescentam aqueles analistas que a CDU/CSU deverá liderar o novo governo, depois das eleições gerais, já em Setembro, prosseguindo a Alemanha na sua linha política interna, que passa por assegurar, a médio prazo, saldos orçamentais sustentáveis, sanear o sistema financeiro e, a longo prazo, concretizar a denominada Revolução Energética e a crescente flexibilidade e utilização das TIC no sector dos serviços, onde o país se encontra atrás de alguns dos pares da OCDE, nomeadamente dos EUA.
Em 2016, a Alemanha foi o 3º cliente de Portugal (com 11,6% do total das nossa exportações de bens) e o nosso 2º fornecedor (13,5% do total importado). As exportações portuguesas de bens para o país registaram uma taxa média anual de crescimento de 1,2%, enquanto as nossas importações tiveram um crescimento médio anual de 6,7%, no período 2012 a 2016, com a balança comercial continuamente desfavorável a Portugal.
Tanto as exportações portuguesas para a Alemanha, como as nossas importações desse mercado, continuaram a apresentar, em 2016, um grau de concentração elevado. Do lado das exportações, dois grupos de produtos, máquinas e aparelhos com 31,7% e veículos e outro material de transporte com 19,9%, representaram mais de metade (51,6%) do valor global exportado para o mercado, seguindo-se os plásticos e borracha (8%), produtos químicos (6,1%) e calçado (6%).
Pode consultar o documento aqui.
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