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Fencaça diz que “perigo é eminente” e aconselha leitura dos programas eleitorais, contra o Mundo Rural, do PAN, BE e Livre

O presidente da Fencaça – Federação Portuguesa de Caça, Jacinto Amaro, considera que “chegou o momento das associações representativas dos sectores agrícola, florestal e pecuário” (CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Confagri — Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas, CNA – Confederação Nacional da Agricultura e AJAP – Associação do Jovens Agricultores de Portugal) “virem a terreiro sensibilizar os seus associados a estarem alerta, porque o perigo é eminente”.

Em comunicado da Fencaça, que também saiu como artigo de opinião no jornal Público, Jacinto Amaro aconselha mesmo que “leiam o programa eleitoral do PAN, BE e do Livre, e vejam o que lá está contra o Mundo Rural” e que “perguntem aos partidos do arco do poder, quem é que está disposto a admiti-los como parceiros no Governo e depois decidam o vosso voto”.

“Desde o último Governo tudo mudou, e o que era impensável aconteceu. O partido que suportava o Governo a fazer coligações com os fundamentalistas do PAN e Bloco de Esquerda, num ataque ao Mundo Rural”, queixa-se a Federação.

“Qualquer cidadão de bom senso que votou no Partido Socialista, partindo do prossuposto, que estava a votar no PS de sempre, um partido com valores, com uma matriz nacional, com uma representação enorme no país rural, através da maioria das Câmaras Municipais que detêm, enfim, um partido com história. Tudo mudou e tudo foi diferente”, escreve Jacinto Amaro.

E acusa o segundo Governo de António Costa de que, assim que tomou posse, ter colocado “em marcha o desmantelamento do Ministério da Agricultura; que tristeza, num país eminentemente rural”.

“Matos Fernandes, que não sabe diferenciar um pinheiro manso de um bravo”

“As florestas foram parar ao Ministério do Ambiente, que sob a tutela do Eng. Matos Fernandes, que não sabe diferenciar um pinheiro manso de um bravo, nem uma azinheira de um sobreiro, arrogante e ignorante no que diz respeito à conservação da natureza”, frisa o presidente da Fencaça.

E não esquece o secretário de Estado das Florestas, João Paulo Catarino, que “tinha tudo para fazer um bom lugar, antigo autarca de Proença-a-Nova, município rural do distrito de Castelo Branco, fez-se de morto, talvez porque o mandaram calar, e agora pergunto eu: será que foi a única forma de sobreviver politicamente para garantir um lugar elegível nas listas de deputados pelo círculo de Castelo Branco? Que razões têm os albicastrenses para votar nele? O que fez ele na defesa daquela região?”.

Jacinto Amaro relembra ainda que “a maioria dos municípios é presidida por autarcas socialistas, com forte implantação nos municípios rurais, onde existe uma diversidade de tradições enorme. Existe até uma Associação de Municípios de Tradições Taurinas, todos os municípios têm associação de caçadores, de pescadores, agricultores, produtores pecuários e produtores florestais”.

“Será que a voz destes autarcas não chega aos dirigentes máximos do partido para defender os seus munícipes, ou será que os autarcas apenas querem defender a sua carreira politica”, questiona o presidente da Fencaça, acusando que “os deputados que são eleitos pelos círculos eleitorais, que abrangem as regiões rurais, que são a maioria, não fazem erguer a sua voz na defesa dos seus eleitores, na defesa da tão apregoada coesão territorial, muitas das vezes mandados sair do Parlamento, para deixar passar as propostas dos animalistas radicais contra as suas regiões”.

“Hoje está na moda os dirigentes políticos que vivem em Lisboa apregoarem palavras como: “conservação da natureza, biodiversidade e ecossistema”, mas não sabem o seu significado”, garante Jacinto Amaro.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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