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Febre do Nilo Ocidental identificada no Algarve em equino

Um caso de Febre do Nilo Ocidental foi identificado num equino da região do Algarve, no concelho de Loulé, sendo que serão implementadas medidas sanitárias nos equinos existentes nas freguesias da zona de vigilância, em conformidade com o Plano de Vigilância da Febre do Vírus do Nilo Ocidental, informa a DGAV – Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária.

A Febre do Nilo Ocidental, designada de forma simplificada como FNO, é uma doença causada por um flavivirus, o vírus do Nilo Ocidental, relacionado com as encefalites equinas, incluindo a encefalite japonesa e a febre amarela.

A FNO é uma zoonose (doença transmitida directa ou indirectamente entre os animais e o homem) transmitida por mosquitos, podendo causar a doença em aves selvagens, pessoas e cavalos. Muitos dos animais infectados mostram ténues sinais de doença, mas alguns podem desenvolver sinais neurológicos, que podem ser fatais.

As aves selvagens são hospedeiros primários da FNO mantendo-se o vírus em circulação graças ao ciclo de transmissão mosquito–ave selvagem–mosquito, enquanto que os seres humanos e os equinos se consideram como hospedeiros finais do vírus. Algumas aves selvagens são mais susceptíveis ao vírus que outras, nomeadamente os corvídeos. Os gansos também são espécies de risco, mas as outras aves domésticas não apresentam grande susceptibilidade a este vírus.

Os mosquitos ficam infectados quando picam uma ave selvagem e ingerem sangue contaminado com o vírus. Os mosquitos infectados, acidentalmente podem também transmitir a doença aos equinos, que à semelhança das pessoas podem manifestar sintomas, mas não têm relevância na transmissão da FNO, explica uma nota informativa da DGAV.

As medidas de vigilância implementadas pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária assentam essencialmente na avaliação clínica, epidemiológica e serológica dos animais, designadamente dos equinos e das aves selvagens, bem como a sensibilização dos médicos veterinários de equinos para a vigilância clínica da doença.

Medidas preventivas

Como medida preventiva a DGAV aconselha os proprietários de equídeos a:

1. Proteger os equinos da exposição aos mosquitos durante os períodos da sua maior actividade (amanhecer e ao escurecer);
2. Utilizar repelentes de insectos nos períodos de maior actividade do vector quando os animais não estão recolhidos;
3. Utilizar insecticidas em locais adjacentes às instalações em que os animais se encontram, quando se apresentem muito infestados de mosquitos;
4. Eliminar os locais de reprodução de mosquitos, como poças e charcos;
5. Informar a DGAV da existência de aves selvagens mortas na proximidade dos locais em que os animais são mantidos;
6. Proceder à vacinação preventiva dos equinos na zona de risco, de acordo com o Manual de procedimentos disponível no Portal da DGAV.

Pode consultar o Plano de Vigilância da Febre do Nilo Ocidental aqui.

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