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Foto: Pedro Yglesias de Oliveira/APSL

Febre do Nilo Ocidental. DGAV aconselha vacinação dos cavalos nas zonas afectadas

A DGAV — Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária informa que tem sido notificada de suspeitas de Febre do Nilo Ocidental (FNO) em cavalos, estando confirmada a circulação do vírus causador da doença nos distritos de Santarém, Setúbal, Évora, Beja, Portalegre e Elvas.

O reservatório deste vírus são diversos tipos de aves e a sua transmissão é feita através da picada de mosquito. Equídeos e humanos são considerados “fundo de saco”, isto é, quando infectados podem apresentar sinais clínicos, mas não promovem a transmissão da doença, realça uma nota de imprensa daquela Direcção-Geral.

A DGAV aconselha assim “a vacinação dos cavalos nas zonas afectadas e a protecção dos animais contra a picada de insectos, bem como a eliminação de criadouros de mosquitos (águas paradas)”.

A Febre do Nilo Ocidental é uma doença causada por um flavivirus, o vírus do Nilo Ocidental, relacionado com as encefalites equinas. A doença é transmitida por mosquitos, sendo sensíveis as aves selvagens, os equinos e o homem, refere a DGAV.

As aves selvagens são hospedeiros primários da FNO, mantendo-se o vírus em circulação pelo ciclo de transmissão mosquito-ave selvagem-mosquito, enquanto que os equinos e os seres humanos são hospedeiros finais do vírus, sendo a doença transmitida através da picada de mosquitos infectados. Os gansos também são espécies de risco, mas as restantes aves domésticas não apresentam grande susceptibilidade.

Os equinos infectados podem apresentar sinais ligeiros de doença, mas alguns podem desenvolver sintomas neurológicos graves que podem ser fatais.

A FNO apareceu pela primeira vez na Europa, na região da Camargue em França em 2000, após uma ausência de 35 anos. Posteriormente foi também confirmada em diversos países da Europa.

Em Portugal, desde 2015, têm ocorrido focos da doença, com oito focos confirmados em 2015, seis focos em 2016 e três focos em 2017, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Algarve. Em 2018 foi confirmado um foco num cavalo, no concelho de Viana do Alentejo.

Em 2019, foram confirmados dois focos, nos concelhos de Silves e Lagoa. Em 2020 foram confirmados dois focos, nos concelhos de Castelo Branco e de Alcácer do Sal. Em 2021 foram confirmados focos nos concelhos de Coruche, Loulé, Beja e Silves.

Em 2022, foram confirmados três focos de Febre do Nilo Ocidental, um no concelho de Alcácer do Sal, um no concelho de Portalegre e um no concelho de Castro Verde.

Saiba mais sobre a Febre do Nilo Ocidental aqui.

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