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Famalicão quer criar corredores naturais nas margens dos rios

A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão quer criar corredores naturais e ecológicos nas margens dos rios que atravessam o concelho, respeitando e valorizando a fauna e a flora existentes. “Queremos recuperar os antigos caminhos de pescadores, tornar os rios visitáveis e permitir à população usufruir destas magníficas paisagens, sem ferir o ecossistema existente”. O presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, apresentou, desta forma, o novo projecto municipal “Os Nossos Rios”, que tem em vista a requalificação fluvial no concelho.

O concelho de Famalicão é atravessado pelos rios Este, Pelhe, Pele e Ave.

No passado sábado, cerca de 100 voluntários deram o pontapé de saída para o arranque do projecto, com uma acção de limpeza que decorreu no açude do Romão, em Nine. Para além do presidente da Câmara Municipal, estiveram presentes o vereador do Ambiente, Pedro Sena, o director da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado e ainda o engenheiro ambiental Pedro Teiga, que explicou a importância e a função da vegetação existente nas margens do rio.

O projecto promovido pela autarquia em colaboração com a APA tem como principal objectivo a requalificação e reabilitação dos rios e das margens ribeirinhas, envolvendo a população em acções de sensibilização e educação para a limpeza, preservação e manutenção dos espaços.

“É um projecto envolvente e convocante, onde todas as pessoas e instituições são chamadas a participar”, afirmou Paulo Cunha, relembrando a importância da figura dos guarda-rios. “É fundamental que as pessoas tenham o cuidado de serem zeladoras dos rios, assumindo elas próprias o papel de guarda-rios, agora num contexto de voluntariado e de responsabilidade cívica”.

Acções de sensibilização em curso

Para isso, a autarquia vai avançar com um conjunto de acções de sensibilização e educação ambiental junto dos proprietários e restante comunidade para a sua responsabilidade em cuidar das margens seguindo as boas práticas necessárias e também incentivar a comunidade a fiscalizar e preservar os rios.

Para já a autarquia vai iniciar um conjunto de trabalhos de requalificação das linhas de água e margens ribeirinhas. “Será um processo para muito anos, que irá envolver muitas gerações de famalicenses, mas que queremos avançar desde já”, sublinhou.

Visivelmente satisfeito com a adesão da população à iniciativa, o autarca mostrou-se confiante no sucesso do projecto, ainda mais, porque existem alguns sinais positivos que começam agora a revelar-se. “O facto de se terem descoberto lontras no rio Este, significa que estamos no bom caminho e dá-nos o incentivo para continuarmos a preservar e a cuidar dos nossos rios”. De resto, Paulo Cunha, começou já este trabalho plantando uma árvore ribeirinha, um Fraxinus angustifolia (nome comum: Freixo angustifólia), que batizou de Açude do Romão.

Também Pimenta Machado plantou uma árvore da mesma espécie, que apelidou de APA, e salientou “a importância da qualidade da rede hidrográfica” para que as pessoas possam usufruir dos rios. “Neste momento, temos bons indicadores que nos dizem que a água tem mais qualidade. No entanto, este é um trabalho exigente e difícil que é para continuar”, referiu.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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