AGRICULTURA E MAR Revista do mundo rural e da economia do mar
As exportações de bens cresceram 0,8% em Fevereiro de 2016 e as importações de bens aumentaram 5,3% face a Fevereiro de 2015 (-2,4% e -1,4% em Janeiro de 2016, respectivamente). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações aumentaram 2,9% e as importações cresceram 7,7% (respectivamente -1,2% e +5,2% em Janeiro de 2016), divulga o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O défice da balança comercial de bens registou um aumento homólogo de 206 milhões de euros em Fevereiro de 2016, similar ao acréscimo registado no défice da balança comercial excluindo os Combustíveis e lubrificantes (-204 milhões de euros).
No trimestre terminado em Fevereiro de 2016, as exportações de bens diminuíram 1,2% e as importações de bens cresceram 1,4% face ao período homólogo.
Em 2015 as exportações de bens aumentaram 3,7% e as importações de bens cresceram 2,1% face ao ano anterior. O aumento das transacções com Espanha correspondeu ao maior contributo para a evolução global tanto das exportações como das importações. Em sentido contrário, destacaram-se as acentuadas reduções registadas nas trocas comerciais de bens com Angola. Desta forma, os Estados Unidos passaram a ser o principal destino dos bens nacionais fora da UE. A China foi o principal fornecedor Extra-UE de bens a Portugal.
O défice da balança comercial de bens diminuiu 540 milhões de euros em 2015 face ao ano anterior, mas excluindo os Combustíveis e lubrificantes aumentou 1 439 milhões de euros.
Bens de consumo em alta
Em Fevereiro, nas exportações registaram-se aumentos, face a igual mês de 2015, nas categorias dos Bens de consumo (+6,2%), Fornecimentos industriais (+3,8%) e Material de transporte e acessórios (+6,0%). No que se refere às importações, destaca-se o acréscimo do Material de transporte e acessórios (+21,9%), bem como o facto de os Combustíveis e lubrificantes terem sido a única categoria a apresentar um decréscimo (-16,3%).
Tendo em conta os principais mercados de destino das exportações nacionais em 2015, verificou-se que França e Espanha foram os países que mais contribuíram para o aumento global das exportações em Fevereiro (face a Fevereiro de 2015): +13,0% e +3,4%, respectivamente. Em sentido contrário evidenciam-se as reduções registadas nas exportações para Angola (-43,3%), China (-56,1%) e Estados Unidos (-24,0%). Devido à evolução negativa registada, em Fevereiro de 2016 a China deixou de pertencer aos dez principais mercados de destino, tendo Marrocos ocupado a 10ª posição.
Em relação às importações, entre os maiores mercados fornecedores em 2015, os países que mais contribuíram para a evolução global foram Espanha (+7,3%), Alemanha (+6,9%) e Reino Unido (+18,4%). Em Fevereiro de 2016, salienta-se ainda a ascensão do Brasil aos dez principais países fornecedores, enquanto Angola desceu para 13º.
Em 2015 as exportações de bens totalizaram 49.864 milhões de euros, correspondendo a um aumento nominal de 3,7% face ao ano anterior. Este crescimento representa uma aceleração relativamente à variação de +1,7% registada em 2014. De destacar que as exportações atingiram, em 2015, o valor mais elevado de sempre das Estatísticas do Comércio Internacional.
A evolução do Comércio Intra-UE (+6,4%) determinou o crescimento da globalidade do Comércio Internacional, dado que as exportações para os Países Terceiros diminuíram 3,1% em 2015.
As exportações de bens para os países da Zona Euro cresceram 6,5% em 2015 (+1,6% em 2014), enquanto para os restantes países da União Europeia aumentaram 5,8% (+7,6% em 2014).
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