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Évora prepara-se para receber a 24 de Março mais uma manifestação de agricultores

A cidade alentejana de Évora vai ser o próximo local de protestos de agricultores “contra a incompetência de quem nos governa”. Mais um encontro organizado pela CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, com início marcado para as 10 horas, no Rossio de São Brás.

A contestação que os agricultores iniciaram em Mirandela, e que já passou por Castelo Branco, Portalegre e Caldas da Rainha, chegou a Beja no passado dia 10 de Março, onde se registou “a maior manifestação de agricultores de sempre“, com cerca de 2.000 agricultores e mais de 800 tractores a desfilarem no Baixo Alentejo. 

Relembre-se que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebeu Confederação dos Agricultores de Portugal em audiência, no passado dias 15 de Março, “atendendo ao irregular funcionamento institucional do Ministério da Agricultura, que se encontra em acelerado processo de desmantelamento e desagregação”.

No mesmo dia, o secretário-geral da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Luís Mira, em artigo de opinião publicado no Dinheiro Vivo, afirmou que “a substituição de Capoulas Santos — um político experiente, conhecedor dos dossiês e dos meandros da burocracia comunitária — na véspera da presidência portuguesa da União Europeia e da negociação de uma nova PAC [Política Agrícola Comum], foi o momento a partir do qual o barco da agricultura perdeu o leme e começou a andar à deriva”.

Já a 2 de Março, na manifestação realizada nas Caldas da Rainha, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, tinha voltado a insistir na “má decisão” de extinguir as Direcções Regionais de Agricultura e da passagem das suas funções para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), como “uma medida destinada a destruir o Ministério”. “É a própria ministra que encabeça essa destruição”, reforçou Oliveira e Sousa.

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