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Eurodeputado do PSD/Açores na organização da maior edição de sempre do Congresso Europeu dos Jovens Agricultores

O eurodeputado do Partido Social Democrata dos Açores (PSD/Açores), Paulo do Nascimento Cabral, foi o co-organizador principal do 10º Congresso Europeu dos Jovens Agricultores, o maior evento europeu dedicado aos jovens, reforçando que estes “são o futuro do sector agrícola”, e mostrando-se honrado por poder “continuar o trajecto do eurodeputado Nuno Melo, que em parceria com as organizações de agricultores, desde logo a Confederação de Agricultores de Portugal [CAP], conceberam a ideia e transformaram-na no sucesso que hoje todos reconhecemos”.

Paulo do Nascimento Cabral referiu que os dados recentes da Comissão Europeia revelam um sector agrícola envelhecido. “57% dos agricultores na União Europeia têm mais de 55 anos, a idade média dos agricultores em Portugal é de 64 anos, e apenas 6,5% têm menos de 35 anos, o que evidencia a necessidade urgente de tornar o sector mais atractivo para os jovens. É por isso que pretendemos falar hoje dos desafios da renovação geracional no sector agrícola. Atrevo-me a dizer que mais do que renovação, precisamos é agregação. Trazer mais jovens para o sector e não substituir os existentes por outros”, reforçou, segundo nota de imprensa do gabinete do eurodeputado.

Referindo os principais desafios, o eurodeputado destacou o acesso à terra, ao crédito, a gestão sustentável dos recursos hídricos, e a capacitação das áreas rurais para a fixação de pessoas e comunidades, bem como a necessidade de reduzir a burocracia. “Os agricultores têm de se dedicar ao que melhor sabem fazer, e não a estarem sentados nos escritórios, a preencher os intermináveis documentos e exigências administrativas”, afirmou.

“Estamos num momento crítico da União Europeia e o sector agrícola é novamente chamado a desempenhar um papel fundamental. Precisamos de reforçar os pagamentos directos, melhorando o rendimento dos agricultores, e precisamos de maior transparência na formação dos preços”, reiterou o deputado ao Parlamento Europeu, referindo “um estudo já com alguns anos, de que por cada 100€ gastos em produtos agroalimentares, apenas 8€ chegavam aos agricultores. Isto tem de mudar, e temos de reforçar o papel do agricultor na cadeia de abastecimento alimentar”.

Além disso, defendeu que “todos os serviços ambientais que os agricultores prestam, que não estejam relacionados com a produção sustentável de alimentos, devem ser retirados da PAC [Política Agrícola Comum] e devidamente remunerados, através de fundos relacionados com o ambiente”.

Maior número de participantes em 10 anos

O Congresso contou com a presença e intervenção do novo Comissário Europeu para a Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, e foi registado o maior número de participantes em 10 anos de evento com a presença de mais de 500 agricultores de toda a União Europeia, entre os quais estava uma delegação portuguesa de mais de 50 agricultores e dirigentes agrícolas de Portugal continental, Açores e Madeira, a convite do eurodeputado do PSD.

“A significativa representação portuguesa no evento reflecte a importância que o PSD atribui à valorização da agricultura e dos jovens agricultores em Portugal”, reiterou o eurodeputado, que na presença de representantes do sector dos Açores e da Madeira, lembrou que “é imperioso protegermos também a actividade agrícola nas Regiões Ultraperiféricas, mantendo o regime POSEI, e aumentando o seu financiamento, que tem manifestado ser insuficiente”.

A finalizar, Paulo do Nascimento Cabral destacou que a edição deste ano pretendeu “conhecer o papel essencial dos jovens agricultores na sociedade, seja na garantia da segurança alimentar, na promoção da autonomia estratégica, nestes tempos de grande exigência para a União Europeia, mas também no desenvolvimento das áreas rurais ou no fortalecimento da competitividade da economia europeia”, reiterando que “sim, a agricultura também é competitividade, e como diz o ministro Português da Agricultura e Pescas, o meu amigo José Manuel Fernandes, a agricultura também é segurança e defesa. Que projecto europeu teremos se não valorizarmos os nossos agricultores e não conseguirmos produzir alimentos suficientes para alimentar os europeus?”.

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