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Estudo japonês. Polifenóis da alga Ecklonia cava têm efeito preventivo na doença de Parkinson

Uma equipa de investigadores japoneses, do Departamento de Nutrição, Escola de Pós-Graduação em Vida Humana e Ecologia, da Universidade Metropolitana de Osaka, e do Departamento de Nutrição, Universidade de Saúde e Bem-Estar de Aomori, concluiu que os polifenóis da alga marinha Ecklonia cava, mais conhecida como trombeta-do-mar, têm um “efeito preventivo na doença de Parkinson”.

“A doença de Parkinson resulta da redução dos níveis de uma substância que funciona como um mensageiro químico cerebral nos centros que comandam os movimentos. Essa substância é a dopamina. Quando os seus níveis se reduzem, dá-se a morte das células cerebrais que a produzem”, explica o português Grupo CUF.

E adianta: “é uma perturbação cerebral assim chamada em memória do médico inglês que a descreveu no século XIX. É bastante frequente e progressiva, sendo os seus elementos-chave a presença de tremores, rigidez do tronco e dos membros e lentidão dos movimentos. No entanto, têm surgido novos tratamentos bastante promissores”. Uma vez que a dopamina controla a actividade muscular, “os sintomas relacionam-se essencialmente com os movimentos. Para lá dos tremores, rigidez e lentidão, existem outras manifestações que se traduzem no sono, no pensamento, na fala e no estado de espírito dos pacientes”.

Quanto à pesquisa japonesa, lidera pelo Professor Akiko Kojima-Yuasa — com artigo publicado na revista Nutrients —, neste estudo, dois tipos de testes de função motora foram conduzidos usando ratos domésticos modelo de doença de Parkinson que foram alimentados oralmente com antioxidantes diariamente por uma semana e então receberam rotenona. Os resultados mostraram que a função motora, que foi diminuída pela rotenona, foi restaurada. Houve também melhora na função motora intestinal e na estrutura da mucosa do cólon, um tecido especial que cobre o cólon, avança um comunicado de imprensa da Universidade Metropolitana de Osaka.

Além disso, pesquisas celulares usando células modelo da doença de Parkinson verificaram a interacção bioquímica do efeito preventivo da Ecklonia cava. Os resultados da validação mostraram que os antioxidantes activam a enzima AMPK (adenosina monofosfato-proteína quinase ativada), um sensor de energia intracelular, e inibem a produção de espécies reactivas de oxigénio que causam a morte celular neuronal.

“Este estudo sugere que os antioxidantes da Ecklonia cava podem reduzir o dano neuronal pela activação da AMPK e inibir a produção de espécies reactivas de oxigénio intracelulares”, afirma o Professor Kojima-Yuasa. “Espera-se que a Ecklonia cava seja um ingrediente eficaz na prevenção da doença de Parkinson”.

Pode ler o estudo aqui.

A Ecklonia cava é uma alga castanha com conteúdo rico em polifenólicos (esta subclasse particular sendo conhecida como eckois e florotaninos) que confere propriedades antioxidantes, que estão sob investigação pela sua possível aplicação na saúde, avança o portal MyMedFarma, adiantando que é uma das maiores fontes de floroglucinóis, um tipo de composto antioxidante que parece ser único em plantas marinhas, e cujos benefícios também foram notados após ingestão oral.

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