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Estudo CIP. Estratégias mais circulares e capacitação de recursos humanos são críticos para as empresas portuguesas

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, em parceria com a EY-Parthenon, acaba de concluir o apuramento dos resultados de um inquérito de avaliação do avanço da Economia Circular nas empresas portuguesas. Este inquérito foi realizado no âmbito do projecto “Economia Mais Circular”, um projecto CIP pioneiro em Portugal, e conclui que estratégias mais circulares e capacitação de recursos humanos são críticos para as empresas portuguesas.

Existindo uma quase total percepção da vantagem competitiva da Economia Circular e da Circularidade para os vários negócios, 97% das empresas reconhece a importância da adoçam de modelos de negócio mais circulares. Contudo, é ainda possível identificar fortes barreiras à sua integração.

Os dados analisados apontam para a realidade de apenas 19% dos respondentes integrarem a Economia Circular nas suas decisões de modo a reduzir a sua pegada ambiental. Esta reduzida percentagem parece resultar claramente de obstáculos e barreiras que limitam a aplicação de soluções de circularidade na actividade empresarial, entre as quais se destacam a legislação e enquadramento regulamentar, bem como as questões económicas e financeiras.

Respostas de 202 empresas

O inquérito E+C contou com a resposta de um total de 202 empresas, destacando-se a participação dos sectores da “Moda” (20%), da “Metalurgia e Metalomecânica (13%)” e do “Comércio (12%)”. Reflectindo as características do tecido empresarial português, os respondentes foram, maioritariamente, PME (77%).

Os resultados do inquérito E+C apresentam uma avaliação geral da realidade do tecido empresarial nacional em matéria de Economia Circular, em particular no que respeita à integração de conceitos de circularidade na tomada de decisões estratégicas, ao grau de implementação de iniciativas e modelos de circularidade no seu funcionamento e às barreiras associadas. Eles resultados decorrem de uma consulta realizada à base associativa alargada da CIP, distribuindo-se por uma grande diversidade de geografias e sectores, com relevância particular das actividades industriais.

E confirmam uma ideia fundamental já conhecida: são as empresas de maior dimensão a apresentar maior percepção e melhores resultados no que diz respeito aos aspectos fundamentais que permitem a progressão em matéria de Economia Circular. Destaca-se o foco em alguns desses aspectos, nomeadamente em “Pessoas e competências”, nos “Sistemas”, nos “Processos e infra-estruturas”, na “Inovação” e na “Relações com o exterior/envolvente”.

Os resultados do inquérito E+C mostram, também, que os sectores ligados aos “Minérios metálicos e não metálicos” e à “Metalurgia e metalomecânica” são os que evidenciam maior percentagem de empresas que compreendem bem o tema da circularidade e que o conseguem aplicar das mais variadas formas, seja na estratégia das próprias empresas, seja nos seus sistemas de negócio e na formação de equipas, entre outros.

“Com a avaliação dos dados recolhidos junto das empresas portuguesas neste inquérito, conseguimos percepcionar que a Economia Circular é uma temática que começa a aparecer na ordem do dia, tanto ao nível dos negócios como do diálogo com o Governo e com outras entidades. Infelizmente, notamos que existem ainda dificuldades de implementação prática nos negócios dos vários sectores, não só pela débil percepção de processos e acções comuns, como também pelo enquadramento legislativo e regulamentar que subsiste nesta área”, sublinha Sílvia Machado, assessora sénior da CIP para a área de Ambiente & Clima.

A confirmar esta avaliação, o inquérito revela que 86% das empresas reflectem já o tema da circularidade, em alguma medida, na sua actividade, mas apenas 12% afirmam que este é um elemento central na sua estratégia.

Pode consultar o Estudo completo aqui.

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