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Estivadores do Douro e Leixões desentendem-se com os de Lisboa. Polícia pára agressões

O Sindicato dos Estivadores, Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões acusa “um conjunto de trabalhadores filiados no Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos, sediado em Lisboa” de terem impedido a realização da sua última reunião. Os desentendimentos chegaram a vias de facto e as agressões levaram à intervenção policial.

Os Estivadores, Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões estavam reunidos em assembleia para deliberar sobre a entrada de novos filiados quando foram interrompidos e mesmo agredidos.

“Nesta organização sindical cujas raízes remontam ao ano de 1898, não há memória, ou registo, nomeadamente após Abril democrático, que tão sórdido acontecimento tenha ocorrido – o direito colectivo e a liberdade de expressão foram colocados em causa”, diz um comunicado do Sindicato dos Estivadores, Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões.

E acrescenta que “a autonomia e independência deste centenário sindicato sofreram um rude golpe, e, pasme-se, não por ingerência de entidades governamentais, politicas ou religiosas, mas sim, por um conjunto de trabalhadores filiados no Sindicato Nacional dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego, Conferentes Marítimos, sediado em Lisboa”.

Explica a mesma nota que, no “prosseguimento dos seus fins e na liberdade constitucionalmente conferida às associações sindicais, realizou-se no passado dia 2 de Agosto, uma reunião geral de trabalhadores, convocada nos termos estatutários, com o objectivo de estes se pronunciarem e decidirem sobre a admissão de novos filiados”.

“Nos termos do Código do Trabalho, e de acordo com as disposições estatutárias, importava dar resposta a um conjunto de trabalhadores (mais de cinco dezenas) que, exercendo a sua actividade na área e no âmbito de representação deste sindicato, tinham pedido nele se inscrever”, acrescenta a mesma fonte.

Agressões

Segundo os estivadores dos Portos do Douro e Leixões, o acontecimento “ignóbil que ocorreu durante a realização da citada assembleia, não pode, não deve, ser por nós tido como um mero incidente. A forma organizada, pré-concebida e deliberadamente incisiva, com que cerca de dezena e meia de trabalhadores filiados noutro sindicato, provocaram a interrupção da nossa assembleia, foi mais do que uma ingerência, teve como propósito a tentativa de pressionar e condicionar a vontade de todos aqueles que, por direito e em liberdade, lhes competia expressar o seu sentido de voto”.

“Esta convicção assenta no seguinte: antes da assembleia ter o seu início, já aqueles se organizavam a uns metros de distância; iniciada a assembleia deslocaram-se até junto à entrada do edifício; no decurso da assembleia eram audíveis os inúmeros impropérios por eles proferidos para o interior da sala”, dizem os responsáveis pelo sindicato.

O comunicado salienta ainda que, no “intuito de se minimizar a perturbação da reunião, um dirigente sindical deslocando-se até junto do portão do edifício que se encontrava aberto, no sentido de o fechar, foi sujeito a várias agressões, dentro das nossas próprias instalações, sendo necessário reclamar pela intervenção policial“.

A mesma nota refere que “o repúdio que, sócios e dirigentes do Sindicato dos Estivadores, Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões aqui expressam, é acompanhado pelos sindicatos congéneres filiados na Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários, e deve merecer de igual modo a rejeição de todo o movimento sindical democrático”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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