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Estão em execução 18 projectos de I&D em pinheiro-bravo

O Centro de Competências do Pinheiro-Bravo (CCPB), procedeu à actualização da sua base de dados de projectos de I&D, trabalho que resultou na publicação de um relatório que sintetiza e caracteriza os projectos actualmente em execução. A actualização da base de dados de I&D publicada pelo CCPB divulga que estão em curso 18 projectos relacionados com a fileira do pinho. Destes, 11 têm participação exclusiva de parceiros nacionais e os restantes são desenvolvidos em parceria com entidades estrangeiras.

O CCPB é um espaço de partilha e articulação de conhecimentos, capacidades, competências e recursos, que congrega agentes económicos da fileira do pinho, entidades do sistema científico nacional e a administração pública. Actualmente não tem personalidade jurídica ou sede física, rege-se pelo seu protocolo de constituição e tem como Equipa de Coordenação o Centro Pinus — Associação para a Valorização da Floresta de Pinho, o INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A dinamização do CCPB actualmente é financiada pelo PRR – Programa de Recuperação e Resiliência, nomeadamente o Programa MAIS Floresta (Reforço de Actuação dos Centros de Competência do Sector Florestal).

Este levantamento, que envolveu a consulta de diversas plataformas online e a análise dos resultados obtidos num questionário aplicado os membros do CCPB, vem ao encontro dos objectivos traçados pelos Centros de Competências, de monitorizar a investigação científica, de forma a avaliar se a actividade de I&D é coerente com a Agenda de Investigação aprovada. Este tipo de levantamento de informação pretende também contribuir para evitar a dispersão de esforços e recursos, refere uma nota de imprensa enviada pelo Centro Pinus.

Áreas de investigação

As áreas de investigação que reúnem mais projectos em curso são as de “Riscos bióticos e abióticos”, com 9 projectos e a de “Novos produtos de mercado”, com 7. Logo de seguida, com 5 projectos de I&D, a área de “Silvicultura”, seguida da área de “Melhoramento genético” com 3 projectos em execução. Para as áreas temáticas de “Exploração e logística” e “Multifuncionalidade” não foram identificados registos.

Analisando a distribuição da actividade de I&D pelas prioridades definidas na Agenda de Investigação aprovada e desenvolvida pelos Membros, verifica-se que os projectos relacionados com aumento de produção e produtividade, a principal necessidade reconhecida, não concentram os principais recursos, adianta a mesma nota.

No entanto, “há desenvolvimentos muito positivos e face ao último levantamento aumentou consideravelmente a actividade de I&D nas prioridades definidas integradas em grandes projectos transversais”, refere Nuno Calado, membro da Equipa de Coordenação do CCPB em representação do Centro Pinus, destacando ainda que “no curto e médio prazo, aumentaremos a capacidade de usar plantas melhoradas, optimizar as operações silvícolas ou alargar o leque de espécies de coníferas, contributos relevantes para o aumento da produtividade e atractividade da cultura”.

Luta contra ameaças

Já Edmundo Sousa, representante do INIAV na Equipa de Coordenação do CCPB, destaca que “existe um sólido conhecimento científico que já nos permite, hoje, lidar com ameaças, como o nemátode. O grande desafio é integrar o conhecimento de várias áreas e, claro, na gestão florestal”.

Por sua vez, Maria João Gaspar, representante da UTAD na Equipa de Coordenação do CCPB, recorda que foram recentemente criados grandes consórcios, como o projecto transForm, composto por 58 entidades ou o projecto RN21 – Inovação na Fileira da Resina Natural para Reforço da Bioeconomia Nacional, composto por 37 entidades e concorda: “actualmente verifica-se uma maior dinâmica de I&D e mais trabalho em rede através da constituição de consórcios, quer a nível europeu, quer nacional”.

E Sofia Knapic, representante do SerQ e coordenadora do Grupo de Trabalho do CCPB sobre novas oportunidades de mercado, uma das áreas em que há agora maior dinâmica de I&D, destaca o enorme interesse empresarial em usar madeira em construção, aplicação para a qual o pinheiro-bravo tem uma excelente aptidão e refere “estas empresas estão muito preocupadas com o declínio do pinhal-bravo”.

Quando analisado o tipo de financiamento dos projectos em curso, o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) é o que tem maior expressão, ao financiar quatro dos 18 projectos em fase de execução, seguido do Interreg, o POR – Programa Operacional Regional e o PRR – Programa de Recuperação e Resiliência, nomeadamente, com dois projectos em fase de execução.

Consulte aqui a Agenda Portuguesa de Investigação de Pinheiro-Bravo desenvolvida pelo CCPB que identifica as principais prioridades de I&D consideradas relevantes para a sustentabilidade da fileira do pinho, nomeadamente: o aumento de produção e produtividade e a avaliação do contributo do pinhal-bravo para a promoção da biodiversidade e dos serviços do ecossistema.

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