O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou no passado dia 22 de Junho a suspensão de todas as importações de carne fresca do Brasil devido a preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado norte-americano. A suspensão dos embarques permanecerá em vigor até que o Ministério da Agricultura do Brasil tome medidas correctivas que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) considere satisfatórias.
Desde Março, o Serviço de Inspecção e Segurança de Alimentos do USDA (FSIS) vem inspeccionando todos os produtos de carne brasileira que chegam nos Estados Unidos. O FSIS recusou a entrada de 11% dos produtos de carne fresca. Esse valor é substancialmente superior à taxa de rejeição de 1% das remessas do resto do Mundo.
Desde a implementação do reforço da inspecção, o FSIS recusou a entrada para 106 lotes (aproximadamente 2,16 milhões de euros) de produtos bovinos brasileiros devido a problemas de saúde pública, condições sanitárias e problemas de saúde animal. “É importante notar que nenhum dos lotes rejeitados chegou ao mercado norte-americano”, realça um comunicado do USDA .
À espera de resposta do governo brasileiro
O governo brasileiro “comprometeu-se a resolver essas preocupações, inclusive por auto-suspensão de cinco instalações de transporte de carne para os Estados Unidos. A acção de hoje para suspender todas as remessas de carne fresca do Brasil substitui a auto-suspensão”, acrescenta a mesa fonte.
O secretário Sonny Perdue diz que “garantir a segurança do fornecimento de alimentos à nossa nação é uma das nossas missões críticas, e é uma tarefa que empreendemos com muita seriedade. Embora o comércio internacional seja uma parte importante do que fazemos no USDA, e o Brasil há muito tempo é um dos nossos parceiros, a minha primeira prioridade é proteger os consumidores americanos. Isso foi o que fizemos, interrompendo a importação de carne fresca brasileira. Elogio o trabalho do Serviço de Segurança e Inspecção de Alimentos do USDA para proteger minuciosamente os alimentos que oferecemos às nossas famílias”.
Agricultura e Mar Actual