A Estação de Avisos Agrícolas de Entre Douro e Minho alerta que é previsível que 2023 venha a ser um “ano de míldio”. Por isso, “irá ser necessária uma vigilância apertada do desenvolvimento da vinha”
“O míldio conserva-se, no Inverno, na forma de oósporos. A conservação dos oósporos em condições óptimas e a sua maturação precoce, já em Fevereiro, são induzidas pela quantidade e regularidade das chuvas caídas entre Outubro e Janeiro. Por sua vez, estes factores condicionam a agressividade do fungo e a gravidade das infecções na Primavera-Verão”, refere a Circular nº 1/2023 daquela Estação de Avisos.
E acrescenta que, tendo em conta o longo período de chuva e a sua regularidade e abundância no Outono-Inverno de 2022/23, “é previsível que 2023 venha a ser um “ano de míldio”. Ou seja, um ano em que poderão ocorrer ataques de míldio graves desde cedo, se a Primavera vier a decorrer chuvosa”.
Nestas circunstâncias, alertam os técnicos da Estação de Avisos Agrícolas de Entre Douro e Minho, “irá ser necessária uma vigilância apertada do desenvolvimento da vinha e das condições meteorológicas e a realização cuidadosa dos tratamentos, tendo em conta o modo de acção do fungicida a aplicar em cada momento e a cadência das aplicações (intervalo de dias entre cada uma)”.
Os tratamentos, refere ainda a Circular nº 1/2023, “devem ser preparados e realizados com total respeito pelas doses recomendadas e efectuando uma pulverização de qualidade (bicos bem regulados e direccionados, velocidade adequada do tractor, cuidado nas cabeceiras, tratar toda a superfície das videiras, seja qual for o tipo de condução)”.
A Circular nº 1/2023, que pode ler aqui, aborda também doenças e pragas nas culturas do kiwi, citrinos, pomóideas, prunóideas, castanheiro, nogueira e batateira, entre outras.
Agricultura e Mar