O Ministério do Mar e a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) apresentaram o Relatório de Impacto do programa “Bluetech Accelerator – Ports & Shipping 4.0”. Este é um programa de inovação colaborativa e aceleração de startups ligadas à Economia do Mar que, nesta primeira edição, contou com 11 startups e 5 organizações líderes tendo como foco estratégico o sector portuário, shipping e logística marítima.
“O programa Bluetech Accelerator é uma iniciativa pioneira que ajudou a gerar as condições necessárias para dinamizar negócios inovadores no âmbito da Economia do Mar em Portugal, nomeadamente nas áreas da investigação, desenvolvimento e inovação”, refere o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.
E acrescenta que “o presente relatório revela-se muito oportuno porque visa avaliar o impacto do programa Bluetech Accelerator, considerando que não só importa executar o programa, mas também qualificar e quantificar o seu impacto numa Economia do Mar que se pretende mais sustentável, inovadora e vanguardista”.
Já Rita Faden, presidente da FLAD, salienta também o papel do programa na criação de um ambiente inovador e criativo na Economia do Mar: “a FLAD apoia o Bluetech Accelerator porque acreditamos na importância da inovação para o desenvolvimento da Economia do Mar e na capacidade do trabalho criativo destas startups para um equilíbrio entre a protecção do Oceano e o crescimento económico”.
De acordo com Pedro Rocha Vieira, CEO e co-fundador da Beta-i, “quando desenvolvemos um programa de inovação colaborativa entre startups e empresas, este nunca termina no desenvolvimento e apresentação de projectos piloto conjuntos. Pretendemos que seja apenas o pontapé de saída para os dois mundos começarem a criar relações, trabalharem em conjunto e sobretudo criarem relações que serão continuadas no futuro. Esta é sem dúvida uma forma das empresas perceberem os seus desafios e que tipo de soluções devem implementar, recorrendo à colaboração como um motor de inovação”.
Relatório do Impacto
O Relatório do Impacto deste programa, que teve gestão técnica da consultora de inovação colaborativa Beta-i, é agora divulgado e revela claramente impactos positivos na redução da pegada de carbono (por exemplo, redução de 13,000 toneladas de emissões de carbono no negócio da APDL – Portos de Leixões, Douro e Viana do Castelo ou até 40% para clientes da startup Bizcargo), na redução de custos operacionais (por exemplo, redução do impacto económico de 210.000 euros por navio/ano no Grupo ETE) e ainda no acesso e partilha de dados relevantes para os sectores participantes.
No âmbito deste programa foram ainda estabelecidos 18 projectos pilotos e assinados 5 acordos de negócio entre as startups e as organizações líderes, estando em negociação mais 4 acordos, demonstrando a alavancagem deste tipo de iniciativas na dinamização de um sector considerado de maior importância para o ecossistema de inovação e para a Economia do Mar em Portugal e no estrangeiro.
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