O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que o renascimento da Guarda Florestal “é fundamental na dimensão preventiva, na dimensão pedagógica e também na investigação das causas dos incêndios” para que possa ser desenvolvido um melhor trabalho.
Em Cernache do Bonjardim, Sertã, na cerimónia que assinalou o ingresso de 155 novos guardas florestais e que também contou com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o ministro referiu que a experiência com os incêndios de 2017 fez com que o renascimento desta força fosse uma “aposta estratégica”.
Guarda Florestal
“A Guarda Florestal é herdeira de uma tradição antiga dos mestres florestais, dos guarda-rios, de uma ligação muito estreita à actividade agrícola e à actividade florestal”, afirmou o ministro, que sublinhou que já estão a ser seleccionados mais 50 elementos para juntar aos 434 que compõem o efectivo actual.
Eduardo Cabrita fez ainda um balanço provisório positivo dos incêndios, realçando que, pela terceira vez o País regista “cerca de metade das ocorrências que existiram nos últimos 20 anos” e que em 2020 “o número de ocorrências é cerca de 47% a menos que a média dos últimos 10 anos”.
No entanto, refira-se que até 31 de Agosto 7.207 incêndios rurais queimaram 38.650 hectares. Aumento de 36% face a 2019. A base de dados nacional de incêndios rurais regista, no período compreendido entre 1 de Janeiro e 31 de Agosto de 2020, um total de 7.207 incêndios rurais que resultaram em 38.650 hectares de área ardida, entre povoamentos (17.176 ha), matos (15.974 ha) e agricultura (5.500 ha), divulga o “4.º relatório provisório: 1 de Janeiro a 31 de Agosto”, de incêndios rurais referentes a 2020.
Os 155 novos guardas florestais são resultado do primeiro Curso de Guardas Florestais da Guarda Nacional Republicana em 16 anos.
Agricultura e Mar Actual