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EDIA: unidades de compostagem devem ser encaradas como verdadeiras fábricas de terra

“As unidades de compostagem devem ser encaradas como verdadeiras fábricas de terra, capazes de devolver solo ao solo e assim aumentar a sua qualidade e quantidade”, refere o novo “Manual de Compostagem – Uma Solução Sustentável” elaborado pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva.

E realça que “promover a conservação do solo e, em simultâneo, acrescentar riqueza ao solo é possível, desde que se consigam recircular os elementos, já estabilizados, que não representam o produto final da actividade agrícola. A compostagem será o caminho”.

O Manual, encomendado pelo Ministério da Agricultura à EDIA, contou com o contributo do INIAV — Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e pretende “lançar as bases técnicas para um sector agroindustrial cada vez mais responsável e sustentável”.

A EDIA relembra que, por ano, são produzidos na zona servida por Alqueva cerca de 1 milhão de toneladas de subprodutos orgânicos, a maior parte provenientes das 100 milhões de árvores regadas pelo Empreendimento. “Se compostados, estes subprodutos podem gerar 500 mil toneladas de composto, e assim restituí-los aos solos, melhorando a sua fertilidade”.

Projecto URSA

A criação da primeira Unidade de Compostagem pela EDIA, a URSA – Unidades de Recirculação de Subprodutos de Alqueva em 2019, na Herdade da Abobada, em Serpa, em parceria com a Direcção Regional de Agricultura do Alentejo, “demonstrou que a valorização orgânica é possível e a produção de composto é uma mais-valia na fertilização agrícola e no desempenho ambiental da agricultura”.

A partir desse exemplo, algumas das principais unidades agroindustriais do território de Alqueva demonstraram interesse na criação das suas próprias unidades de compostagem, junto às estruturas industriais, reduzindo a pegada ecológica associada ao transporte dos subprodutos e assim aumentar o desempenho ambiental de todo o processo.

O Manual de Compostagem tem uma versão digital (ver aqui) e “pretende-se que seja criada uma constelação de unidades de compostagem em rede, dispersas pelo território agrícola, que possibilite a aproximação dos agricultores à solução de compostagem preconizada e potencie o seu efeito regenerador da qualidade do solo”.

“O combate à desertificação é mais eficaz com melhores solos, mais ricos em matéria orgânica e vida, que suportem uma agricultura mais sustentável e eficiente, integrada num ecossistema cada mais resiliente e em harmonia com a actividade agrícola”, salienta a EDIA.

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