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Deco Proteste alerta: há químicos perigosos e cancerígenos em incensos

A Deco Proteste testou pela primeira vez incensos e velas aromáticas há cerca de sete anos. As conclusões relativamente aos incensos “continuam a ser assustadoras – são uma mescla de substâncias irritantes para olhos, nariz e vias respiratórias; algumas são reconhecidamente carcinogénicas e outras, pelo menos, suspeitas”, refere uma nota de imprensa da associação de defesa do consumidor, que já pediu à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica para os retirar do mercado.

Acetaldeído, acetona, acroleína, benzeno, etilbenzeno, formaldeído, monóxido de carbono, naftaleno e outros compostos orgânicos voláteis, eis o cocktail de substâncias altamente perigosas que a Deco detectou na queima de todos os incensos que analisou.

Alegações que enganam o consumidor

Para agravar este quadro, “alguns dos incensos e velas que testámos, apresentam alegações convidativas relacionadas com bem-estar e, até mesmo, purificação do ar, que enganam os consumidores e potenciam a exposição aos seus efeitos negativos”.

É comum encontrarmos nas embalagens as palavras: “natural”, “purificante”, “seguro” “energia positiva” – que, de um ponto de vista da segurança dos consumidores e da obrigação da prestação de uma informação verdadeira e comprovável, “são absolutamente inadmissíveis”.

Rotulagem insuficiente

Some-se, ainda, uma “rotulagem insuficiente, com alegações falsas, impressa de forma ilegível e que, verdadeiramente, só contribui para o quadro grave que encontrámos”, acrescenta a mesma nota.

“Estamos perante produtos comprovadamente perigosos, que são poluentes do ar interior, e cuja utilização deve ser, no mínimo, fortemente desaconselhada”, frisa a Deco, realçando que analisou em laboratório acreditado, seis incensos diferentes, comprados em lojas físicas de rua e de centros comerciais, como poderá fazer qualquer consumidor.

“Todos falharam na avaliação da presença de contaminantes químicos. Todos são comprovadamente perigosos para a saúde dos consumidores a curto (e.g., irritações) e a médio e longo prazos (e.g., variando com os períodos de exposição, patologias respiratórias crónicas, doença oncológica)”, diz a mesma nota.

Conclui a Deco que estes “devem ser retirados do mercado – já apresentámos este pedido à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Demos, igualmente, conhecimento à Direcção-Geral da Saúde”.

E, junto dos Grupos Parlamentares, frisou a Deco que já após o seu teste anterior, a Comissão Internacional de Normalização produziu normas que contemplam “os parâmetros abordados por nós, além de ter estabelecido métodos de análise e tectos máximos de exposição, mas que carecem, ainda, da regulamentação necessária de modo a que tenham força de lei”.

Agricultura e Mar Actual

 
       
   
 

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