As cotações internacionais dos cereais de Inverno têm estado em alta. No entanto, essa tendência não teve impacto na área semeada, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE), no seu Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Janeiro de 2022.
E adianta que, apesar dos atrasos na preparação dos solos e na sementeira dos cereais de Inverno no Alentejo (onde é produzida, em média, cerca de 80% da produção total nacional), estima-se que a área ocupada por estas culturas seja semelhante à da campanha anterior, com excepção do centeio, cereal mais rústico e com maior expressão no interior Norte e Centro, que deverá diminuir a superfície em 5%.
Referem os técnicos do INE que, junto de alguns dos principais actores do sector, havia grande expectativa para perceber a reacção dos produtores à tendência altista que estas culturas foram apresentando ao longo do último ano.
A cotação nos mercados internacionais destas commodities, nomeadamente do trigo mole (que, em Novembro, ultrapassou os valores históricos alcançados durante a crise alimentar de 2007-2008), faziam antever um aumento da área semeada, situação que não se concretizou, sobretudo em resultado da escassa precipitação na altura da preparação do solo/sementeira, mas também devido à subida dos preços dos meios de produção.
Quanto ao desenvolvimento destas culturas, refere o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Janeiro de 2022 que as germinações foram irregulares nas searas semeadas no cedo (Outubro/início de Novembro) devido aos baixos teores de humidade do solo. Já as semeadas no fim de Novembro apresentavam povoamentos regulares e um normal desenvolvimento vegetativo.
Agricultura e Mar Actual