Análise SIMA – Sistema de Informação de Mercados Agrícolas
Azeitona para azeite
Devido às condições meteorológicas registadas ao longo do ciclo vegetativo (seca e altas temperaturas), muita da azeitona dos olivais de sequeiro que não caiu encontrava-se mirrada. A azeitona dos olivais de regadio era de boa qualidade. Como não houve problemas fitossanitários os frutos estavam sãos. A procura excedia a oferta e não havia dificuldades no escoamento.
Na semana em análise, subiram as cotações nas áreas de mercado Alentejo Sul e Trás-os-Montes.
A nível nacional, as cotações variaram entre o mínimo de 0,35€/kg e o máximo de 0,70€/kg.
Azeite
O COI prevê que na campanha em curso (2017-2018) a produção mundial aumente 14%, impulsionada por fortes aumentos na Tunísia (+120%), Itália (+76%), Turquia (+62%), Grécia (+54%) e Marrocos (+27%). Em Espanha a produção deverá diminuir 15% e em Portugal deverá aumentar 14%.
Na semana em análise, o mercado espanhol encontrava-se estável e com pouco movimento e as cotações a granel do azeite virgem extra variaram entre 3,55€/kg e 3,65€/kg.
No nosso País, foi dada por iniciada a campanha de comercialização na área de mercado Beira Interior.
Foram novamente registadas cotações a granel de azeite virgem extra, na a.m. Alentejo Norte, onde a cotação mais frequente foi de 3,60€/kg.
As cotações mais frequentes do azeite virgem extra engarrafonado (garrafão de 5 litros) variaram entre o mínimo de 4,23€/litro e o máximo de 5,00€/litro.
A cotação mais frequente do azeite virgem extra biológico, em garrafa de 0,5 l, manteve-se em 8,00€/litro, na área de mercado Alentejo.
Conjuntura internacional
A procura mundial de azeite continua a aumentar, impulsionada, principalmente, pela procura nos EUA, China, Brasil e Japão, que no seu conjunto absorveram 63% das exportações da UE, nos primeiros 10 meses da campanha 2016-2017 (EUA 40%). Entre 2003 e 2016, a China quase quadruplicou as suas importações de azeite da UE, sendo atualmente o quarto destino, depois dos EUA, Japão e Brasil.
As exportações de azeite da U.E. para o Brasil, o principal destino do azeite português exportado, recuperaram ligeiramente na campanha 2016-2017, após 3 anos de declínio resultante da crise económica. Apesar da fraca produção europeia na campanha 2016-2017, as exportações de azeite pela UE nos primeiros 10 meses da campanha aumentaram 1%, relativamente ao período homólogo anterior.
Em Portugal, face à quebra de produção na campanha 2016-2017 (-36%), relativamente à campanha anterior, as exportações de azeite diminuíram 11% em volume.
Agricultura e Mar Actual