O Centro Pinus — Associação para a Valorização da Floresta de Pinho está a divulgar a sua edição digital “A Fileira do Pinho em 2017”.
Esta edição apresenta, em formato sintético os principais indicadores florestais e industriais da fileira do pinho no ano passado. Os indicadores florestais incluem a produção de plantas, o impacto dos incêndios de 2017 e as principais ameaças.
Segundo o documento, os incêndios marcaram o ano de 2017 de uma forma inédita no nosso País — a sociedade e o sector “ficaram em choque com a perda de vidas humanas”. A área ardida ultrapassou meio milhão de hectares, dos quais cerca de 125.000 seriam povoamentos de pinheiro-bravo.
Incêndios acentuam excesso de oferta de madeira
Acrescentam os técnicos do Centro Pinus que várias unidades industriais da fileira do pinho foram afectadas, o que “acentuou ainda mais a grave situação de excesso de oferta de madeira, causando, por um lado, frustração e mesmo revolta nos produtores de madeira e, por outro, grande dificuldade a muitos consumidores industriais para dar resposta à pressão dos seus fornecedores”.
Entre os indicadores habitualmente apresentados, diz o documento, os incêndios de 2017 manifestam-se ainda apenas no consumo de madeira, que diminuiu ligeiramente devido à suspensão da laboração de algumas indústrias afectadas pelos incêndios.
“Em edições futuras, é expectável que os acontecimentos de 2017 gradualmente venham a influenciar a maioria dos indicadores aqui apresentados. O nosso maior desejo é que o número de plantas aumente significativamente na próxima edição”, realçam os técnicos do Centro Pinus.
Certificação cai 25%
Refere ainda o documento que existiam 1,2 milhões de plantas de pinheiro-bravo certificadas pelo ICNF — Instituto da Conservação da Natureza na campanha 2016/2017.
Verificou-se assim uma redução de 25% no número de plantas certificadas face à campanha anterior.
O número de plantas certificadas é indicativo de uma plantação potencial de 952 ha na época 2017/2018.
Impacto dos incêndios de 2017
Quanto ao impacto dos incêndios de 2017, o documento refere que a área total ardida foi de 540.000 ha, dos quais 125 mil ha de pinheiro-bravo.
A estimativa do Centro Pinus de área perdida (sem regeneração) é de 75.000 ha e a área estimada com regeneração de 50.00 ha.
O documento estima assim a necessidade de intervenção a 5 anos: arborização de 15.000 ha/ano e aproveitamento de regeneração em 10.000 ha/ano.
Pode consultar o documento completo aqui.
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